Provérbios 3:9-10 “Honra ao Senhor com os teus bens, e com a primeira parte de todos os teus ganhos. E se encherão os teus celeiros, e transbordarão de vinho os teus lagares.”

A Festa das Primícias consistia na oferta de um molho das primícias da colheita, que seria movida pelo sacerdote diante do Senhor (Lv 23:10-11). Essa era a época da colheita da cevada, que era usada como alimento da população mais pobre e dos animais; A planta deveria ter crescido em campo comum e não em jardins ou hortos.

primícias

Além do molho, eram oferecidos em sacrifício um cordeiro, ofertas de manjares (farinha amassada com azeite) e uma libação de vinho (Lv 23:12-13). As primícias simbolizavam a consagração de toda a colheita a Deus e serviam como um penhor da totalidade da colheita ainda a ser ceifada. A Festa foi incorporada à Festa da Páscoa.

A Festa de Pentecostes ou Shavuot, contadas 7 semanas após a Páscoa, celebrava a colheita final da safra de grãos (cevada e trigo). Os rabinos se referiam à Festa das Semanas (Pentecostes) como encerramento da Páscoa.

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A cevada era, também, muito empregada para alimento de cavalos, etc. (1 Rs 4.28). Em Juízes 7,13, um pão de cevada é figura de um exército de aldeãos, não querendo isso significar qualquer fraqueza da parte dos 300 de Gideão. A cevada encontramos também nas ofertas no Templo de Jerusalém em Números 5,15:

“O homem trará sua mulher perante o sacerdote, e juntamente trará a sua oferta por ela, a décima parte de uma efa de farinha de cevada, sobre a qual não deitará azeite nem porá incenso; porquanto é oferta de cereais por ciúmes, oferta memorativa, que traz a iniquidade à memória.” (Números 5,15)

A cevada é uma planta muito resistente, mais apta para resistir à seca e adaptada para uma gama mais ampla de climas do que qualquer outro cereal, em comparação com o trigo. Quando madura, atinge cerca de 1 m de altura, tendo folhas um pouco mais largas que as do trigo. Quando falamos em cevada nos lembramos principalmente da cerveja, mas as suas propriedades vão muito além disso. Na Itália e no norte de Portugal, ela é o substituto do café expresso. No Brasil, encontramos pó de café de Cevada em casas comerciais de produtos naturais. Ele é muito mais saudável e não contém cafeína, conservando todas as suas propriedades originais.

Postagem sobre a Festa de Shavuot – parte I

Postagem sobre a Festa de Shavuot – parte II

O hebraico tem duas palavras para vinho. Yayin, que significa vinho fermentado, foi usado na passagem condenatória de Pv. 23: 31-35. Tirôsh, usado aqui referindo-se ao produto fresco do lagar, é exatamente o “mosto” ou “suco de uva”. As duas palavras foram traduzidas para oinos, “vinho”, pela LXX.

“É árvore de vida para os que dela tomam, e são bem-aventurados todos os que a retêm.” (Provérbios 3:18).
A expressão “Árvore da Vida” é mencionada em vários lugares no livro de Provérbios (3:18; 11:30; 13:12; 15:4) como uma metáfora para algo que salva e revive a alma. A frase também aparece em Gn. 2:9; 3:22-24; Pv. 11:30; 13:12; 15:4; Ap. 2:7; 22:2.
A raiz da palavra vida (“chaim”-“חיים”) é “ח-י-י”, o oposto de morte. Em diferentes interpretações da Bíblia, a Torá é chamada de “Árvore da Vida” de acordo com um capítulo no livro de Provérbios: “עֵץ חַיִּים הִיא, לַמַּחֲזִיקִים בָּהּ, וְתֹמְכֶיהָ מְאֻשָּׁר”.
Sabedoria e a discrição são, conforme 3:22, “vida para a tua alma, e adorno ao teu pescoço” — e a segunda destas frases, indicando o comportamento externo da pessoa, sugere que a primeira se refere à vitalidade da pessoa inteira.
Árvore e fonte de vida são, no nível mais simples, figuras de linguagem graciosas para representarem as fontes divinas de renovação temporal e espiritual.
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