Segundo os dados do Censo de 2000, Porto Alegre ocupava o sexto lugar, entre as capitais brasileiras, em relação à importância do catolicismo, aliás, a que revelou a menor perda de fiéis no país: um decréscimo de -5,9 pontos percentuais, entre 1991 e 2000. Registravam-se também percentuais elevados no eixo mais urbanizado que liga Porto Alegre a Novo Hamburgo, passando por Canoas, Esteio, Sapucaia do Sul e São Leopoldo, onde, em geral, mais de 75% dos habitantes são católicos, podendo mesmo chegar a 86%. Já nos bairros do Espírito Santo, Restinga, Lomba Pinheiro e Agronômica, no sul da capital, o percentual de católicos era dos mais baixos, uma vez que o número de fiéis se situava entre 60% e 69% da população. A população católica na Capital, no Censo de 2010, teve queda de 12% em uma década. Os católicos representavam 64,29% da população em 2010 e, em 2000, eram 73,15%. Em 2010, a distribuição dos residentes em Porto Alegre, conforme sua crença religiosa, era Católica 64,29% , Espírita 6,86% , Evangélica 11,69% e Sem Religião 10,69%.
A distribuição geográfica dos fiéis revelava que no município de Novo Hamburgo a presença dos evangélicos de missão era mais visível, já que em muitos bairros os percentuais se situavam entre 15% e 20% da população. Os luteranos predominavam, com 2/5% da população, seguidos, de longe, pelos batistas e adventistas. Os evangélicos pentecostais são muito pouco expressivos em Porto Alegre, representando 5/5% da população.
Os pequenos municípios do Rio Grande do Sul lideram diversas estatísticas das análises religiosas do Censo do IBGE de 2010. Com 1,5 mil habitantes, União da Serra, localizado no nordeste do Estado, tem um porcentual de 99,2% de católicos, o maior do País. Arroio do Padre, no sul, tem 2,7 mil habitantes e está nos extremos de dois levantamentos. Tem 85,8% de moradores evangélicos, maior índice do País, e 7,8% de católicos, menor índice do País. Mas não é só. Dos dez municípios brasileiros com maior índice de católicos em suas populações residentes, nove estão no Rio Grande do Sul. Dos dez que têm maiores porcentuais de evangélicos, sete são gaúchos. Essas pequenas cidades rurais, com menos de 10 mil hab. perderam parte significativa de seus moradores. Em 2010, 254 municípios do RS tem menos moradores que 10 anos atrás, ou seja, 51% dos municípios gaúchos perderam habitantes. É a migração dos jovens em busca de trabalho para os centros regionais que levaria ao encolhimento populacional.
A explicação de estudiosos para o protagonismo religioso relativo dos municípios gaúchos aponta sempre para a colonização do Estado. “Há regiões de predomínio luterano com moradores de origem germânica e há regiões de predomínio católico com moradores de origem italiana”, afirma o sociólogo Ricardo Mariano, professor do programa de pós-graduação em Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC/RS).
Porto Alegre é uma das capitais brasileiras que apresentam os menores níveis de pobreza, apesar de que 68,9% da sua população declare receber um rendimento mensal inferior ou igual a 3 salários mínimos e 43,7% apenas um ou menos. Já a classe de rendimentos médios baixos possui sua moda em 5 salários mínimos, com maiores desvios positivos de 3 a 7 salários. Este perfil caracteriza bairros de classe média baixa que se distribuem por toda a região metropolitana, encontrando-se afastados do centro de Porto Alegre, mas próximos, muitas vezes, da parte central de Canoas e de São Leopoldo. É nesta classe que os católicos obtêm a sua porcentagem mais elevada.
Segundo os dados do Censo de 2000, na grande Florianópolis, dentre os grupos que integravam os evangélicos de missão, os luteranos eram os mais importantes, reunindo 1,2% dos fiéis, seguidos pelos batistas (0,9%), adventistas (0,7%) e presbiterianos (0,5%). Eles se mostram mais presentes na parte continental da região metropolitana, onde o seu percentual chega a atingir 8,3% da população no bairro de Pedregal, no município de São José. O percentual dos evangélicos pentecostais quase dobrou, entre 1991 e 2000, quando passou de 3,2% a 5,7%, revelando um aumento de +2,5 pontos percentuais.
Florianópolis se situa, em termos relativos, em primeiro lugar entre as capitais brasileiras, quanto à importância do espiritismo, já que os seus adeptos representam pouco mais de 4% da sua população. Nota-se que é na parte insular do município da capital que os sem-religião apresentam maior importância, chegando a representar 12,5% da população que reside na região sul.
A pesquisa revela que ao contrário da estatística nacional, a maioria dos catarinenses se declara branca (84%), o maior número do país. No Brasil, 50,7% da população se considera parda ou preta. Em 21 estados, este percentual é ainda maior. Em 10 anos, a população evangélica de Joinville foi a que mais cresceu em Santa Catarina. Em 2000, os declarados evangélicos representavam 22,49% do total de habitantes. Em 2010, foram 28,33%, segundo os dados do Censo 2010. No proporcional, teve acréscimo de 5,84%. Na contramão estão os católicos, que tiveram um aumentos de praticantes de apenas 6,72% em dez anos e, no proporcional, caíram 8,07% – hoje, 65,57% dos joinvilenses é católico, contra 73,34% de 2000. Os números seguem a tendência nacional e estadual. A grande diferença em Joinville foi a queda dos chamados Evangélicos de Missão. O maior grupo deste é o Luterano, que representava 6,14% da população em 2000 e, em 2010, passou para 4,11% (queda de 2,03% no proporcional). Entre as pentecostais (que aumentaram 4,64% no proporcional), quem mais cresceu foi a Assembleia de Deus. Passou de 6,63% (28.424 pessoas) em 2000 para 10,87% (55.597) em 2010.
Florianópolis é a capital com maior número de gays do Brasil em proporção com a população. Este ano, pela primeira vez, Censo Demográfico possuiu a opção do entrevistado afirmar se vivia com um parceiro do mesmo sexo ou se era homossexual. E na capital catarinense, 0,11% dos entrevistados afirmaram que moraram com outra pessoa do mesmo sexo. Proporcionalmente, a lista é seguida por Porto Alegre (1%) e Rio de Janeiro (0,09%). São Paulo ficou em quarto lugar, com 0,067% dos entrevistados afirmando que vivem com outra pessoa do mesmo sexo em relação marital mas ganha em números absolutos, concentrando 19% da população homossexual declarada na pesquisa. Dos 10 municípios com mais gays e lésbicas, oito são das regiões Sul e Sudeste.
Em 2011, o sul do Brasil concentrava 23% dos casos de Aids, com apenas 14% da população total do país. No ranking por capitais, Porto Alegre também se destaca com 99,8 casos por 100 mil habitantes, enquanto Florianópolis, segunda da lista, registra 57,9 casos por 100 mil. No país inteiro, 630 mil pessoas convivem com HIV/Aids. Em 2012, foram 4.458 novas notificações no estado do Rio Grande do Sul, o que representa 41,4 casos por 100 mil habitantes, taxa que é mais do dobro da nacional (20,2). Em 2012, a taxa de detecção em Santa Catarina foi de 33,5 para cada 100 mil habitantes.
Santa Catarina foi o Estado com a 2ª melhor colocação no novo ranking do IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano dos Municipal), divulgado pelo Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), com o índice de 0,774. Os critérios da ONU para elaborar o índice são a longevidade, educação e renda da população, e os dados são referentes ao Censo do IBGE de 2010, mas foram compilados em 2013. Florianópolis é a capital com o melhor IDH entre as 27 do país, com 0,847.
Em 2012 o Ideb da capital catarinense foi o melhor do Brasil – 56% das escolas avaliadas pelo Ministério da Educação atingiram média entre 6 e 6,6 (a meta para o ano de 2019 era de 6,1, mas já foi superada), segundo dados da Secretaria Municipal de Educação. As escolas municipais devem ter influído na boa pontuação do IDH. A rede municipal tem quase 30 mil alunos em 106 unidades de creches, núcleos infantis e escolas básicas. Além disso, segundo a Associação Comercial de Florianópolis, a cidade tem 135 mil pessoas com rendimentos na classe A, de um total de 450 mil habitantes. A renda per capita média do município cresceu 46,46%, passando de R$ 478,90 em 1991 para R$ 701,42 em 2000.
Destaca-se que o território do município de Florianópolis é ambientalmente frágil, possuindo 42% de sua superfície firmada por lei como Área de reservação Permanente – APP, constituídas de praias, lagos, lagoas, dunas, mangues, encostas, restingas, córregos, entre outros.
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Os pequenos municípios do Rio Grande do Sul lideram diversas estatísticas das análises religiosas do Censo do IBGE de 2010. Com 1,5 mil habitantes, União da Serra, localizado no nordeste do Estado, tem um porcentual de 99,2% de católicos, o maior do País. Arroio do Padre, no sul, tem 2,7 mil habitantes e está nos extremos de dois levantamentos. Tem 85,8% de moradores evangélicos, maior índice do País, e 7,8% de católicos, menor índice do País. Mas não é só. Dos dez municípios brasileiros com maior índice de católicos em suas populações residentes, nove estão no Rio Grande do Sul. Dos dez que têm maiores porcentuais de evangélicos, sete são gaúchos.
A explicação de estudiosos para o protagonismo religioso relativo dos municípios gaúchos aponta sempre para a colonização do Estado. “Há regiões de predomínio luterano com moradores de origem germânica e há regiões de predomínio católico com moradores de origem italiana”, afirma o sociólogo Ricardo Mariano, professor do programa de pós-graduação em Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC/RS).
A Igreja Luterana reclamou ao IBGE pois estava fora da lista de 2.075 religiões mostradas no computador dos recenseadores no Censo 2010.
Em dez anos, a população evangélica de Joinville foi a que mais cresceu. Em 2000, os declarados evangélicos representavam 22,49% do total de habitantes. Em 2010, foram 28,33%, segundo os dados do Censo 2010.A grande diferença em Joinville foi a queda dos chamados Evangélicos de Missão. O maior grupo deste é o Luterano, que representava 6,14% da população em 2000 e, em 2010, passou para 4,11% (queda de 2,03% no proporcional). Entre as pentecostais (que aumentaram 4,64% no proporcional), quem mais cresceu foi a Assembleia de Deus. Passou de 6,63% (28.424 pessoas) em 2000 para 10,87% (55.597) em 2010.