Estou convencido que a elite sindical aproveitou a campanha publicitária para fazer emergir um líder metalúrgico com apelido que o faria ligar-se à Petrobras, anos mais tarde.
A pedido da Petrobras distribuidora, em 1968, Henfil estudou os programas de treinamento do pessoal de divemas companhias e concluiu que a sua principal preocupação deveria ser a linguagem a utilizar. “Eu precisava encontrar um sistema que respeitasse as peculiaridades, a cultura, os hábitos e tabus do empregado brasileiro. E a premissa era a de que o brasileiro sempre resistiu muito a todo tipo de ensinamento doutoral, moralista.”
Daí nasceram dois personagens saídos do próprio ambiente do trabalho dos frentistas: Zé Moita, que identifica o empregado desleixado, meio tolo, que se recusa a aceitar qualquer orientação e executa suas tarefas com desastrosa autosuficiência. O outro é Lula, a imagem do funcionário esperto, critico, prático e, “sobretudo nomal”‘, define seu criador. As aventuras de Zé Moita e Lula, aprovadas inteiramente pela direção da Petrobras, desenrolam-se num posto de serviço, com situações normais da rotina de um empregado: encher o tanque de…
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