As Bíblias como bem de consumo podem ser considerados como bens de Giffen no Brasil. Muitas famílias pobres poderão priorizar sua leitura e consumo de bíblias de estudo com alto valor agregado.
Pode ser que o fenômeno seja mundial. Em países onde o comércio de Bíblias ainda é restrito, muitas pessoas poderão pagar altos valores para obter versões mais elaboradas, portanto mais caras.
Os bens de Giffen se referem às únicas exceções à Lei Geral da Procura. A quantidade demandada de um bem varia diretamente com o preço do bem.
Bens de Giffen é um tipo de bem cuja descrição aparece pela primeira vez no livro “Principles of Economics”, escrito no século XIX por Alfred Marshall. O autor do livro atribui a idéia a Sir Robert Giffen, um economista e estatístico escocês.
Os bens de Giffen são bens de pequeno valor, porém de grande importância no orçamento dos consumidores de baixa renda, tais como o pão, farinha de mandioca, etc.
Os bens de Veblen são bens de consumo ostentatório, tais como obras de arte, jóias, tapeçaria e automóveis de luxo.
Invariavelmente, a quantidade procurada de determinado bem ou serviço, é inversamente proporcional a seu preço, segundo os seguintes fatos:
- Efeito-renda: Se o preço ao consumidor final aumenta, o mesmo reduz o consumo do mesmo, ocorrendo também seu inverso caso seu preço venha a diminuir.
- Efeito-substituição: com o aumento no preço de determinado serviço, os consumidores procuram outro similar de menor valor.
O bem de Giffen desafia a lei da procura e da oferta, pois, quanto mais caro, maior é a sua procura. Um exemplo foi o consumo de arroz na alimentação dos chineses, estudo conduzido por Robert Jensen e por Nolan Miller na província de Hunan na China. Como ele é o item mais barato da cesta, quanto menor seu preço, as famílias passam a ter mais renda para consumir outros bens. Com o aumento do preço do arroz, por se tratar de um bem básico, ele é priorizado na cesta de produtos em detrimento de outros bens. Isso significa que seu efeito renda é maior do que o seu efeito substituição.
Imagine uma família que só pode destinar 40 reais por semana para a proteína do almoço. Ela só come carne , que sai por 10 reais, uma vez por semana. Nos outros seis dias, come salsicha, que sai por 5 reais por dia.
Certo dia o preço da salsicha cai para 3 reais. Os seis dias de salsicha vão cair de 30 para 18 reais. Opa! Sobraram 12 reais. Significa que dá pra comer carne mais um dia!
A família percebe, então, que com os mesmos 40 reais, passa a ser possível comer carne por dois dias e salsicha no resto da semana. Conclusão: o preço da salsicha caiu, mas seu consumo caiu também, em vez de subir.
O chamado bem de Giffen (no nosso exemplo, a salsicha) é, em geral, um bem de pouca qualidade ou barato, que você só consome porque não tem outra saída. Assim, logo que pode, tira da listinha de compras.
Um dos mais populares na Rússia bens de Giffen são hoje cigarro.Para efeito de comparação, na Europa, depois de um forte aumento dos preços dos produtos do tabaco, a maioria das pessoas parar de fumar e começou a levar uma vida saudável. também efeito de curto prazo Giffen tem gasolina, quando se inicia a subida dos preços dos bens e dos meios de comunicação escalar os relatórios de situação de crise iminente de combustível.As pessoas tendem a comprar gasolina para o futuro.No entanto, o entusiasmo desaparece muito rapidamente.