O Instituto Paracleto realizou entre 2015 e 2016 pesquisa para verificar os valores morais e opiniões dos cariocas sobre alguns temas que estão sob discussão na sociedade brasileira com decisões de suas Instituições.

56% dos cariocas percebem que a imigração contribui para o ambiente de negócios e inovação tecnológica da cidade. Os resultados da pesquisa não indicam diferenças significativas entre as regiões da cidade, faixas etárias ou gêneros.

Metade dos brasileiros considera que a vinda de trabalhadores estrangeiros para o Brasil é negativa para o país. É o que mostra uma pesquisa do IBOPE Inteligência em parceria com a Worldwide Independent Network of Market Research (WIN). Totalizam 39% os brasileiros que consideram a imigração positiva e 11% os que não sabem responder essa questão.

Imigração

A opinião dos brasileiros é mais negativa do que a percepção mundial. Na média entre os 68.595 entrevistados em 69 países onde a pesquisa foi realizada, a população parece mais positiva: 57% acreditam que a imigração de trabalhadores é uma coisa boa para seus países, ao passo que para 32% é negativa. “É possível que os benefícios trazidos pelos italianos, portugueses, japoneses e alemães tenham se perdido no tempo, deixando apenas a percepção de concorrência no mercado de trabalho”, diz Laure Castelnau, diretora de marketing do IBOPE Inteligência.

Penso que a estrutura paternalista dos empregos privados combinado com uma predominância dos empregos públicos no Brasil, contribui para uma visão protecionista da entrada de imigrantes na pesquisa, geração de negócios e introdução de novas tecnologias.

Na pesquisa do DataFolha de 2012, para 67%, imigrantes pobres contribuem com a cultura e desenvolvimento local, enquanto 25% acreditam que causam problemas.

Os britânicos votaram pela saída da União Europeia, mas o referendo de junho de 2016 ilustrou divisões que vão muito além da opinião que os eleitores têm sobre a União Europeia. A mais evidente é a que separa as grandes cidades – mais diversas e economicamente vibrantes – das zonas rurais, as pequenas cidades e os antigos bastiões industriais onde os receios com a imigração falaram mais alto. Para a população mais urbana, que vive em zonas mais diversas, a imigração significa crescimento econômico e dinamismo. Para os outros, os 2,1 milhões de europeus a quem a livre circulação na Europa abriu portas representam competição pelo emprego, pela habitação e pelo acesso à saúde.