O Instituto Paracleto realizou entre 2015 e 2016 pesquisa para verificar os valores morais e opiniões dos cariocas sobre alguns temas que estão sob discussão na sociedade brasileira com decisões e influências em suas Instituições. Essa é primeira postagem num total de 10 temas avaliados.

Pouco mais da metade dos cariocas opinou que o homossexualismo deve ser aceito pela sociedade brasileira. Os jovens e as mulheres são menos conservadores quanto ao tema. os moradores da região Oeste e Jacarepaguá são mais liberais na aceitação. A região Norte da cidade é mais conservadora do que outras regiões.

O Datafolha pesquisou entre os participantes da Jornada Mundial da Juventude, realizada em 2013 no Rio de Janeiro, sobre alguns temas de cunho moral. Cerca de 70% dos entrevistados entre os participantes do evento católico se posicionaram contra a legislação da união homossexual.

O Pew Research Forum realizou pesquisa sobre valores morais em vários países. Nos EUA, 35% entendem que a homossexualidade não é uma questão moral. Para muitos participantes da pesquisa em países europeus, o comportamento homossexual não é visto como um valor moral. Muitos países africanos e asiáticos entendem como uma influência ocidental que afronta os valores tradicionais das famílias.

O gráfico abaixo revela a postura um pouco mais liberal dos cariocas quanto a aceitação do homossexualismo.

Pesquisa do Ibope, divulgada em julho de 2011, revelou que a sociedade brasileira é contra a união estável para casais do mesmo sexo. Segundo o estudo nacional, realizado entre os dias 14 e 18 de julho, 55% dos brasileiros são contra o casamento gay e 45% são favoráveis. As opiniões variam muito em função da religião, idade e escolaridade dos entrevistados. O instituto estimulou o debate após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em reconhecer a união gay.

A pesquisa apontou que as pessoas menos incomodadas com o tema são: mulheres, jovens, os mais escolarizados e as classes mais altas. As regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste se destacaram como as áreas do País com mais resistência às questões que envolvem o tema.

Em maio de 2011, por unanimidade e com placar de 10 votos a 0, os ministros do Supremo reconheceram a união estável para casais do mesmo sexo. Com isso, companheiros em relação homoafetiva duradoura e pública têm os mesmos diretos e deveres das famílias formadas por homens e mulheres.

 

Homossexualismo

Quase metade dos brasileiros é contra a união entre pessoas do mesmo sexo, segundo pesquisa realizada pela Hello Research, agência de pesquisa de mercado e inteligência.

De acordo com o levantamento, 21% declararam ser indiferentes ao tema e 30% totalmente a favor do casamento gay. O estudo ouviu cerca de mil pessoas com mais de 16 anos e de diferentes classes sociais de 70 cidades do país.

As classes sociais D e E são, segundo a pesquisa, as que se mostraram menos favoráveis ao assunto. Já as regiões do país em que a união civil homoafetiva é menos aceita são Nordeste, Norte e Centro-Oeste.

“Podemos observar que quanto menor a classe social e o acesso à informação, maior a resistência em apoiar o casamento entre pessoas do mesmo sexo”, afirmou Davi Bertoncello, diretor executivo da Hello Research, em nota.