Em junho de 2013, cerca de 70 mil pessoas atenderam a convocação do pastor Silas Malafaia e tomaram o gramado em frente ao Congresso Nacional, em Brasília, para manifestar pela liberdade religiosa, pela liberdade de expressão e pelos valores da família tradicional. Foi a primeira vez que um grande número de pessoas comuns, cristãs, se reuniram para protestar contra uma série de leis libertinas em tramitação no Congresso Nacional. O evento teve multiplicada repercussão nas Mídias sociais. Na verdade, o evento revelou que existe um processo contínuo. Muitos sociólogos, políticos e artistas estão assustados com essa “onda conservadora”. Falaremos mais adiante, no blog Paracleto, sobre as evidências e efeitos dessa onda conservadora no Brasil.
O presidente do Conselho de Pastores de Minas Gerais (CPMG), pastor Jorge Linhares, da Igreja Batista Templo Getsêmani, no Bairro Dona Clara, na Região da Pampulha, em BH, ressalta que o ser humano busca Deus, e a Bíblia conduz à “palavra”. “O mineiro vai em busca do que a Bíblia ensina e opta pelo que está certo”, afirma. Na opinião do pastor, o católico tem mais tradição do que propriamente prática religiosa, enquanto o evangélico é participativo, sendo os pastores mais próximos do seu rebanho, presentes no cotidiano das famílias. Em Minas, conforme Linhares, há 2,4 mil pastores filiados e sete seminários evangélicos. Na capital, são 400 templos, com mais de 20 nomenclaturas, distribuídas entre as tradicionais históricas (batista, metodista, presbiteriana e luterana), pentecostais e neopentencostais.
Entre os que professam a fé católica, nos 28 municípios que compõem a Arquidiocese de Belo Horizonte, há 720 padres, 2 mil comunidades de fé e 277 paróquias, das quais 145 na capital. Além da Catedral Cristo Rei, no Bairro Juliana, na Região Norte, estão sendo construídos mais 12 templos em pontos diferentes da cidade. O arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, dom Walmor Oliveira de Azevedo, tem uma questão: “Será que somos verdadeiramente atentos às necessidades dos fiéis? Estamos presentes na vida das pessoas, sobretudo nos momentos mais difíceis, em situações de sofrimento e luta?
No Censo IBGE de 2000, Belo Horizonte era a capital do Sudeste com os mais elevados percentuais de católicos, que representavam 70% da sua população. No Centro e em bairros próximos, como Savassi, Anchieta e Sion, as porcentagens chegavam até a 80% de fiéis.
Com pouco mais de 145 mil fiéis no município e 106 mil no restante da região metropolitana, correspondendo respectivamente, a 6,5% e 5,5% da população, Belo Horizonte ocupava o quarto lugar entre as capitais brasileiras, quanto à proporção de evangélicos de missão no total dos seus habitantes. Os evangélicos de missão se mostravam mais expressivos, sobretudo, num conjunto de bairros localizados no norte da cidade, onde o seu peso podia representar até 13% da população.
Com 10,5% da população se declarando evangélica pentecostal e tendo apresentado um aumento de +4,4 pontos percentuais, entre 1991 e 2000, Belo Horizonte não se destaca, entre as capitais brasileiras…
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