O pr. Ziel Machado definiu: “Quanto mais autoritário é o líder, mais infantil é o seu rebanho.” Proponho comparar a uma igreja de minions. Pois este pode ser um caminho conduzido por alguns líderes para a vida espiritual de muitos crentes. Minions são criaturas amarelas que existiram desde o início dos tempos, evoluindo de organismos unicelulares em seres que têm apenas um propósito: servir os vilões nas estórias dos filmes da Pixar.

O apóstolo Paulo escreveu aos crentes da região da Galácia. A propósito, historiadores e arqueólogos descobriram conexões entre aquele povo e os gauleses que habitaram o sul da França até Portugal. Paulo escreveu em Gálatas 4:3-5: “Assim também nós, quando éramos meninos, estávamos reduzidos à servidão debaixo dos primeiros rudimentos do mundo. Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, Para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos.”

Infelizmente, alguns líderes buscam o isolamento de seus seguidores. Suas doutrinas e atividades são elaboradas para manter os crentes sob domínio constante. Os crentes de sua igreja não participam de reuniões de oração no local de trabalho. Falam mal de vizinhos crentes para os demais não-crentes para catalisar novos adeptos.

minionsO apóstolo Paulo escreveu aos crentes da cidade de Corinto, em I Coríntios 1:12-13: “Quero dizer com isto, que cada um de vós diz: Eu sou de Paulo, e eu de Apolo, e eu de Cefas, e eu de Cristo. Está Cristo dividido? foi Paulo crucificado por vós? ou fostes vós batizados em nome de Paulo?”

Alguns líderes adoram o dependência de seus seguidores. Enquanto o Senhor Jesus treinou seus discípulos para alcançar as nações após Sua morte e ressurreição, muitos crentes não conseguem dar um testemunho eficaz. Eles são orientados a trazer seus amigos para o pastor orar, pregar e ensinar. O chamado pessoal para uma vida de testemunho é algo distante e desconfortável.

Durante alguns anos, tive o privilégio de dirigir as reuniões de oração em minha igreja. O que me deixava intrigado era a dificuldade que alguns líderes tinham para pregar no culto de oração. Amavam as solenidades públicas, mas evitavam pregar a palavra. O problema não era timidez mas o confronto com a Palavra.

O apóstolo Paulo advertiu aos crentes da cidade de Colossos: “Ninguém vos domine a seu bel-prazer com pretexto de humildade e culto dos anjos, envolvendo-se em coisas que não viu; estando debalde inchado na sua carnal compreensão” (Colossenses 2:18).

Os crentes minions brincam em qualquer hora e em qualquer lugar. Há uma irreverência contagiante. Rir é o melhor remédio, mas nem sempre. Muitas vezes, precisamos enfrentar os assuntos de forma madura e organizada. Muitos líderes ocupam o espaço na TV com pregação que mistura o ódio e o riso. E isso é um perigo.

Perceba que o apóstolo investe no crescimento dos crentes para que as igrejas pudessem ser fortes e maduras. A ideia não era criar super bispos para frear heresias que circundavam o Cristianismo. Infelizmente, esse conceito prevaleceu entre os pastores das igrejas que cresciam e conquistavam a civilização romana. A união entre Estado e Igreja se estabeleceu com o imperador Constantino.

Outra característica dos crentes minions é a atração excessiva pelas câmeras e mídias sociais. Por vezes, somos tentados a registrar nossa participação mínima em algum evento como se fosse uma atuação máxima. Sinceramente, precisamos reconhecer que temos limitações de atuação como líderes. O apóstolo Tiago, líder da igreja em Jerusalém, alertou: “Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes” (Tg 4:6). Como os jogadores de futebol se olham nos telões dos estádios, corremos o risco de olhar para os outros cristãos e esquecer da essência da adoração, o Senhor Jesus Cristo.

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