No Censo IBGE de 2000, no município de Recife, 65% da população se considerava católica, enquanto, no restante da sua região metropolitana, esta proporção se situava em 59%. Os católicos estavam localizados principalmente nos espaços litorâneos, numa faixa que se estende de Paulista, ao norte, a Jaboatão, ao sul.

Recife era a terceira capital mais importante do país quanto à presença dos evangélicos de missão, depois de Vitória e Manaus. Assim, com 95.000 fiéis, os evangélicos de missão representam 6,7% da população da capital pernambucana, e seu crescimento, entre 1991 e Religião Católica Apostólica Romana foi de +2,7 pontos percentuais. Já no restante região metropolitana, eles congregam 120.000 fiéis representam 6,6% da sua população. Dentre os diversos grupos evangélicos aí existentes, os batistas, com 5% de adeptos, se constituíam na confissão religiosa mais representativa.

Com quase 150.000 fiéis no município de Recife e 290.000 no resto da região metropolitana, correspondendo, respectivamente, a 10% e 16% da população total, os evangélicos pentecostais se mostravam mais expressivos na periferia do que na capital pernambucana.

Recife1Recife2

 

Pernambuco é o Estado com a maior concentração de evangélicos do Nordeste, tanto em números absolutos quanto em termos proporcionais. Em 10 anos, percentual de evangélicos em Pernambuco passou de 13,5% para 20,3%. São 1.788.973 contra 5.834.601 católicos.Um em cada cinco pernambucanos se declara protestante, de acordo com o censo demográfico 2010 do IBGE.

Atualmente, são exatos 1.788.973 segu dores de uma igreja de denominação evangélica. O quantitativo supera em mais de 250 mil pessoas a população de todo o Recife. No Brasil, são 42,3 milhões de protestantes, o equivalente a 22% da população.

O Censo revela ainda outro fenômeno em Pernambuco e no País. Enquanto os evangélicos formam uma curva crescente no gráfico, os católicos estão em queda, apesar de ainda formarem o maior rebanho. O Brasil é considerado o maior país do mundo em número de católicos nominais. Ao levantamento do IBGE, 5.834.601 pernambucanos afirmaram seguir o catolicismo, o que representa 66% da população local.

Em terceiro lugar, os espíritas somam 123.798. Praticantes da umbanda e candomblé são menos numerosos. Apenas 10.830. Os que disseram ao IBGE que seguiam outra opção de religião chegam a 146.691.

Num comparativo com o censo de 2000, o crescimento do número de evangélicos e a redução do de católicos no Estado ficam mais evidentes. Há 12 anos, os 1.072.503 protestantes formavam 13,5% da população. Hoje, são 20,3%. Três décadas atrás, este contingente não chegava a 7% de Pernambuco. Já os católicos eram 74%, mas caíram oito pontos percentuais.

Religião População Porcentagem
Católica Apostólica Romana 835.337 54.32%
Espírita 54.788 11%
Evangélica 384.303 35%

Em janeiro de 2000, ao iniciar a reforma de sua loja de materiais elétricos, um comerciante de Recife não imaginou que estava prestes a descobrir um local que, três séculos antes, era sagrado para milhares de judeus. Em meio às obras, o dono da venda encontrou vestígios de umaconstrução desconhecida e chamou um especialista, que logo descobriu que pertenciam à primeira sinagoga das Américas.

Erguida em 1636, durante a ocupação holandesa em Pernambuco, a sinagoga Kahal Zur Israel foi construída por um rabino europeu, que veio especialmente de Amsterdã para tocar o projeto. A sinagoga, que celebrou cultos religiosos até 1654, representa uma época de tolerância religiosa, quando católicos e judeus conviviam pacificamente na região (após a retomada da região por Portgual, os judeus foram obrigados a seconverter para o catolicismo ou deixar a região). Com o descobrimento do antigo templo religioso, a reforma da loja de produtos elétricos tomou um rumo diferente e, hoje, o local é um espaço depreservação da cultura judaica e da história de sua habitação em Pernambuco.

No Censo IBGE de 2000, São Luís é a quarta capital brasileira a apresentar maiores reduções do percentual de católicos. Cabe ressaltar que em 1991, quase 90% da população da cidade se diziam católica, enquanto em 2000 esta proporção caiu para 76,1 %, o que significou uma perda de -13,2 percentuais.

Com um pouco mais de 50.000 fiéis, os evangélicos de missão representavam 6% da população de São Luís. No período de 1991 a 2000, eles tiveram um crescimento de +2,9 pontos percentuais, o maior aumento grupo religioso entre as capitais brasileiras.

Os evangélicos pentecostais em São Luís representavam 9,7% da população, tendo revelado no período censitário de 1991 a 2000 um crescimento de +5,8 pontos percentuais. Sua presença aumenta em função da distância do Centro, sendo nos bairros populares no sudeste da cidade que se observam os percentuais mais elevados. A Assembleia de Deus representava 6,6% desse total.

São Luis1

São Luis2

A proporção de católicos seguiu a tendência de redução observada nas duas décadas anteriores, embora tenha permanecido majoritária. Em paralelo, consolidou-se o crescimento da população evangélica, que passou de 15,4% em 2000, para 22,2% em 2010.

 

No Censo IBGE 2010, em São Luís, a pesquisa mostrou que o número de evangélicos é quase a metade dos católicos. A capital do Maranhão possui população total de 1.014.837 milhão de habitantes. População residente em São Luís, durante a semana que foi realizada a pesquisa, que possuem religião católica somam 668.817 mil. A de evangélicos é de 239.636 mil pessoas. Em números finais, a capital possui 429.181 católicos a mais que evangélicos.

A pesquisa é baseada em variações dentro de cada religião, pois a população católica pode ser dividida em católicos Romanos, Brasileiros e Ortodoxos. Já os evangélicos dependem da origem, que pode ser: pentecostal, de missão e evangélicos não determinados. Os que se consideram sem religião somam 77.882 mil. Dentre eles estão 1.923 pessoas que se declaram ateus. O somatório entre os católicos e evangélicos é de 908.453, quase a população total de São Luís.

Considerado um dos mais temidos babalorixás do Maranhão e que seria uma espécie de conselheiro espiritual da família Sarney, Wilson Nonato de Souza, é mais conhecido como Bita do Barão. Ele faz consultas na cidade de Codó, distante 300 km da capital, considerado o município brasileiro onde mais se pratica cultos afros, sendo mais de 300 terreiros de umbanda. No seu local de trabalho, onde cobra R$ 400 por uma consulta.

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