Em “Colapso”, Jared Diamond, 71, ganhador do prêmio Pulitzer pelo livro “Armas, Germes e Aço”, professor de Geografia da Universidade da Califórnia (UCLA) descreve o Haiti como um exemplo de sociedade atual à beira do abismo. Questionado na reportagem sobre o período que levaria a tal colapso, Diamond estima 30 ou 50 anos. Porém, a pregação do evangelho prossegue no Haiti, em meio ao caos. Mas ela deve ser acompanhada com ações de desenvolvimento e cidadania. A Igreja Renascer em Cristo está programando para 15 de janeiro de 2013, realizar a primeira Marcha para Jesus e levará toneladas de donativos.
Todos os olhos estão virados para a desgraça que afeta o povo do Haiti no seguimento do tremor de terra que atingiu o território. É difícil imaginar como sobrevive uma população que viu destruir o já pouco que tinha de infra-estruturas e sector agrícola e produtivo. Quem se deu ao trabalho de ver onde fica o Haiti no mapa, aprende que é apenas um terço de uma ilha, sendo os outros 2 terços, a Este, um outro estado, a República Dominicana. Foi nesta ilha que Cristóvão Colombo aterrou quando “descobriu” a América (ou a Índia) e baptizou-a de Hispaniola.
Em parte as diferenças entre os dois países devem-se a diferenças geográficas: a zona leste da ilha recebe mais chuva e as águas das montanhas da ilha fluem sobretudo para leste, enquanto que o Haiti é mais montanhoso e seco. Mas apesar destas diferenças, foi na zona Oeste da ilha que se desenvolveu uma agricultura intensiva, que tendo resultado numa explosão de produção, levou ao esgotamento dos solos. Ao uso intensivo do solo, esteve também associado uma maior densidade populacional, colocando maior pressão sobre os recursos e a economia. Hoje, 28% da República Dominicana ainda é florestada, comparado com apenas 1% do Haiti.
No século XVIII, a colónia Espanhola tinha uma população colonial e escrava reduzida, com uma economia pequena, assente na criação de gado, enquanto a colónia Francesa, com apenas um terço da ilha, tinha cerca de 700 mil escravos em 1785 (face aos 30 mil na colónia espanhola) que correspondia a 90% da população (comparado com 15% na colônia espanhola). A proporção de escravos reflecte a sua economia intensiva de cultivo de cana de açúcar. Saint-Dominque tornou-se na mais rica colónia Europeia no novo mundo e responsável pela produção de um quarto da riqueza da França.
Em 2004, o governo Lula justificou que a participação na missão de paz da ONU era uma forma de garantir um assento permanente do Brasil no Conselho de Segurança, o que não ocorreu. Na prática, um gasto de R$ 1,3 bilhão líquido em recursos do Brasil.
Atualmente, o Brasil mantém 1.910 homens das Forças Armadas na Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah). A maioria do contingente brasileiro é do Exército. Ainda há militares da Aeronáutica (30 homens da Força Aérea Brasileira) e da Marinha (200 fuzileiros navais). A meta para 2013 é reduzir o efetivo para 1,2 mil militares, mesmo número do início da operação, em 2004 – o acréscimo ocorreu após o terremoto de 2010.
Proprietária de resorts no México, em Aruba e em outras localidades do Caribe, a rede espanhola Occidental inaugurou um hotel 5 estrelas em Porto Príncipe, no Haiti. Segundo o diretor geral da empresa, Jaime Buxó, trata-se do primeiro hotel de categoria luxo da cidade aberto após o terremoto de 2010, que trouxe vasta destruição à cidade. De acordo com ele, Porto Príncipe tem apenas cerca de 500 leitos de hospedagem. O hotel é resistente a terremotos e à prova de furacões. Buxó afirma que o empreendimento atenderá à demanda por hospedagem de organismos e empresas internacionais, além do desejo do governo do Haiti de fomentar o turismo. O Royal Oasis by Occidental fica em Pétion-Ville, um bairro nobre próximo ao Aeroporto Internacional de Porto Príncipe. Várias embaixadas internacionais ficam localizadas nessa região.