Em 1992 no 9° Congresso VINDE para pastores e líderes, Caio Fábio, um dos líderes evangélicos mais influentes na época, faz duras críticas ao então presidente e ainda publica livros, entre eles um intitulado Avivamento Total que fora fruto das palestras desse congresso. No livro (pp. 10, 11 e 50) além de outras críticas, Caio afirma:
Conversando com um Deputado Federal em Brasília ele me dizia o seguinte: “Olha, eu tive uma surpresa, Pastor. Fui almoçar com um figurão em Brasília, e o senhor não sabe quem chegou lá, num helicóptero: o Presidente da República (aquele do Impeachment). Em conversa com o Presidente, ele me propôs: “Olha, se você fizer um lobby para mim aí, o que você precisar é seu”. “Eu sou crente, e preciso muito de umas rádios pra pregar o evangelho no país inteiro”. Respondi. “O que você precisar é seu”, ofereceu o Presidente. “Eu vou votar a favor dele pra poder arranjar umas rádios para pregar o evangelho. O que o irmão acha?” Perguntou o deputado. “Já vi essa oferta antes.”eu lhe disse. “Onde?” Perguntou curioso. Lembrei-lhe que no deserto da Judéia, um grande monarca disse: “tudo isto te darei se prostrado me adorares”. “Avivamento à brasileira” é aquele que dá a palavra a autoridades corruptas, mas que nega honra e voz aos santos e simples, mesmo que raros, que ainda existem em nosso meio.
Em 1998 o pr. Caio Fábio sucumbiu diante de graves denúncias de seu envolvimento com o dossiê Cayman e a eclosão de um caso extraconjugal com sua secretária da associação VINDE!
No Blog do Julio Severo, ele resume a entrevista que Rosane Collor concedeu ao Fantástico: “Eles (Collor e seu grupo mais próximo de assessores) faziam rituais de magia negra, mas não com minha participação, porque em algumas coisas eu participei, mas na grande maioria eu não aceitava participar”, afirmou Rosane ao “Fantástico”.
Os rituais eram comandados por uma feiticeira de nome Maria Cecília, hoje pastora evangélica como a própria Rosane, e que aparece ao lado de Collor em várias imagens da época, na qual o senador aliado à presidente Dilma Rousseff governava o país. Depois, Cecília confirmaria numa entrevista à revista Época a realização desses rituais:
Naquele tempo ela atendia pelo nome de Mãe Cecília, era a mãe-de-santo mais famosa de Alagoas e recebia os clientes em seu terreiro na cidade de Arapiraca, a 136 quilômetros de Maceió. O “serviço”, segundo ela, foi encomendado por seu cliente mais importante, o então governador Fernando Collor de Mello, em troca de uma ascensão irresistível na política nacional. Hoje, convertida a uma igreja evangélica, Maria Cecília diz que abandonou a magia negra e quer recuperar sua alma. Na semana passada ela deu a ÉPOCA uma série de entrevistas, contando como acompanhou a carreira de Collor até o Planalto e por que só agora – depois de ser procurada pela imprensa durante anos – decidiu falar. “Eu me arrependo de tudo o que fiz. Não quero vingança, não quero nada. Só preciso dar aos fiéis o meu testemunho.”
Cecília freqüentou os bastidores da vida de Collor desde o início de sua carreira. Foi apresentada a ele pela mulher, Rosane, para quem jogara búzios. Logo se tornou uma espécie de guru espiritual do casal. “Fazia o possível e o impossível para atender a seus pedidos”, afirma. Nos momentos de instabilidade do governo, Cecília diz ter feito sessões de magia negra, com sacrifícios de animais, para atingir os inimigos do afilhado. Conta que, para garantir o sucesso dos trabalhos, Collor e Rosane tinham de “cumprir obrigações” para com as entidades do além. Elas consistiam em abastecer o terreiro, financiar os despachos e participar regularmente das cerimônias de sacrifício. “Eles sempre foram obedientes”, afirma. Cecília virou amiga do casal. Diz que por várias vezes foi acordada de madrugada por Rosane, que aos prantos pedia que intercedesse pelo marido. Quando a filha da mãe-de-santo nasceu com problemas de saúde, os Collor pagaram os gastos com o hospital. Foram padrinhos de batismo da menina. Mãe Cecília tinha acesso livre ao Palácio dos Martírios e freqüentava as festas da elite. O sucesso do apadrinhado atraiu outros políticos. Dava 30 consultas por dia, ganhou muito dinheiro, comprou uma chácara e uma casa de praia.
Quando o governador decidiu tentar a Presidência, Mãe Cecília passou a trabalhar para ele em tempo integral. Ela e seu grupo entravam nos cemitérios de Alagoas e abriam catacumbas para colocar amuletos na boca dos mortos e recolher ossos humanos para feitiços. Quando as pesquisas de intenções de voto apontavam a subida de algum adversário, Mãe Cecília fazia um “trabalho”. Na primeira subida de Collor na rampa do Planalto, a mãe-de-santo estava lá, à direita do presidente. “Ele foi de branco, em homenagem a Oxóssi”, conta ela. Como o presidente não tinha mais tempo de ir a Arapiraca, Mãe Cecília passou a ir até Brasília. “Collor mandava um jatinho buscá-la”, conta Aroldo Marques, colunista social de Arapiraca. A ialorixá ganhou emprego com carteira assinada na LBA. Ela diz que um terreiro foi preparado no porão na Casa da Dinda e as sessões eram realizadas ali mesmo. Em seu livro Passando a Limpo, o falecido irmão do presidente, Pedro Collor, diz que Cecília era a “mestra dos rituais” e que visitas chegaram a encontrar o casal presidencial em roupas de despacho – Fernando, todo de branco, sem sapatos, e Rosane com roupa de cigana, de cetim vermelho, por causa de sua orixá, a Pomba-Gira.
A mãe-de-santo conta que, alguns meses depois da chegada ao poder, o presidente passou a desprezá-la. Não atendia mais às ligações, pedia que subordinados a dispensassem, não cumpria mais com as obrigações financeiras e espirituais com o terreiro. Os espíritos, diz ela, se revoltaram. “Passaram a fazer contra ele tudo o que tinha feito a seus adversários.” Às vésperas do impeachment, Rosane ligou para Mãe Cecília, desesperada, pedindo que ela ajudasse. A ialorixá cedeu, “mas já não tinha a mesma força”. Logo depois decidiu abandonar a magia negra. Sem o dinheiro dos “trabalhos” de macumba, empobreceu e chegou a trabalhar como cozinheira. Buscou amparo em igrejas evangélicas e se converteu à Assembléia de Deus, uma das denominações mais conservadoras. Hoje vive com que recebe para dar cursos e palestras, além da venda de um CD com suas pregações, oferecido na porta da igreja por R$ 12.Segundo Rosane, Maria Cecília sugeria a Collor o uso de vestidos brancos e um altar de magia negra na Casa da Dinda, domicílio particular da família em Brasília.
Jair, ao ler este assunto, trouxe a memória fatos desagradáveis acontecidos comigo logo assim que eu aceitei a pessoa do Sr Jesus como Senhor e salvador de minha vida e me batizei. Provavelmente voce deve ter lido em introdução e testemunho de vida no blog algo sobre isto. Foram momentos difíceis para mim, e me lembro vagamente que isso aconteceu no período em que o Fernando Collor de Mello foi eleito.
Dificeis, pois apesar de ser católico nominal, na época tinha uma certa afinidade por religiões orientais. Possuia alguns livros desta área, e na época recolhi os mesmos, rasguei todos e lancei fora. A grande verdade é que o espírito de Deus começou a atuar em minha mente me purificando completamente, mas isto não aconteceu da noite para o dia. Talvez voce se lembra que precisei ficar alguns dias em uma clínica de repouso. Descrevi isto sucintamente no comentário do texto “Culpa Patológica – o incômodo que nos acompanha”. Foi um período sofrivel, mas graças a Deus me recuperei. E nesse interim dou graças a Deus pelo grupo evangélicio da REDUC e as pessoas que nele conheci, passoas pecadoras como tantos, mas pessoas que reservavam alguns minutos do seu descanso ou horário de almoço para dobrar os joelhos e orar por outros como eu. Hoje adquiri maturidade para afirmar que a missão da igreja acontece fora dos muros, assim como o Senhor Jesus deixou-se ser crucificado fora dos muros de Jerusalém, importa que sigamos o seu exemplo, e procuremos dar um bom testemunho para o nosso próximo, que pode ser um colega de trabalho, um amigo, um parente ou outra pessoa qualquer.
Magia negra não é só aquela praticada nos terreiros de macumba (em religiões afro-brasileiras). Há a magia negra evangélica, católica, espírita, etc. Sob a vestimenta da cultura européia e de classe média. Eis que toda vez que se pede a intercessão do Divino para algum aspecto particular da vida da pessoa, sem levar em conta as consequências de tal pedido, e pedindo egoisticamente e sem sabedoria, está a se praticar magia negra, sem a necessidade de sacrifícios animais, sob o manto e o disfarce de oração fervorosa, seja através de correntes de orações e doações em dinheiro a determinadas instituições que exploram a fé do desesperado. Lembre-se: o Diabo é cor-de-rosa e pode muito bem se apresentar a você como um Anjo de Luz, ou outra beldade que lhe encante os olhos e os sentidos.