Em recente estudo que ministrei sobre o livro das revelações chamado Apocalipse, na Escola Bíblica Dominical de minha igreja, um dos alunos fotografou as anotações que fiz no quadro branco. Percebi que as pessoas necessitam de ensino mais profundo e didática mais adequada para aprendizado da Bíblia. Sem dúvida, a categoria mais visitada do Blog é Revelações da Palavra. Portanto, vamos oferecer mais conteúdo nesta área.

Recentemente, postei um artigo sobre a seca do rio Eufrates e a guerra civil no Egito como profecias em cumprimento. Um dos motivos que não estudei Teologia em Seminário é porque todos os que conheço são amilenistas. E seus argumentos são baseados em uma sequência de grandes estudiosos  que acreditavam que estaríamos vivendo o Milênio, portanto seria virtual.

John Keegan reconhece, no seu livro Uma história da guerra (pag. 192), que a primeira batalha de bigas de que temos notícia, a de Megido, no Norte da Palestina, foi travada em 1469 a.c. entre o faraó Tutmés III e uma confederação de inimigos do Egito liderada pelos hicsos, terminou quase sem derramamento de sangue de ambos os lados. Megido é também geralmente considerada a primeira batalha da história, no sentido de que podemos datá-la, situar seu local, identificar seus combatentes e seguir seu desenrolar. Tutmés, que tinha acabado de subir ao trono, estava dando andamento à nova estratégia egípcia de ofensiva vigorosa contra os intrusos que tinham violado a imunidade do império fluvial. Reunindo um exército, ele marchou em etapas de 15 a 25 quilômetros por dia – uma velocidade de avanço impressionante, ao longo da costa do Mediterrâneo, através da faixa de Gaza e depois subindo as montanhas da fronteira síria. Ao que parece o inimigo contava que o terreno difícil seria uma barreira contra seu ataque. Havia três rotas através das montanhas para chegar à cidade de Megido: contra todos os conselhos, o faraó escolheu a mais difícil, afirmando que assim poderia surpreender o inimigo. A marcha de aproximação levou três dias, com o último sendo gasto para transpor uma passagem de menos de duas bigas de largura. Ao anoitecer, acampou numa planície diante de Megido e na manhã seguinte dispôs seu exército para a batalha. Os inimigos também tinham avançado, mas ao verem a extensão da linha egípcia com uma ala em cada flanco e o Faraó no centro, fugiram em pânico para as fortalezas de Megido. A cidade conseguiu resistir ao cerco durante 7 meses. Em resultado da vitória em Megido, o Egipto consegue um espólio de guerra que incluía bens como 894 carros de guerra (2 cobertos em ouro) e 2 mil cavalos.

Seguindo o costume da época, Tutmés III tomou como reféns os filhos da cada um dos reis derrotados. Após ser educados na corte egípcia, foram devolvidos a seus lugares de origem, onde governaram com o consentimento do Egito. A vitória de Megido foi só o começo da pacificação de Canaã e Síria. A esta batalha seguiriam uma série de campanhas, com periodicidade quase anual, que suporiam a expansão do poder do Egito até o norte de Mesopotamia. Tutmés III levou muitas campanhas mais em Canaã, e oito anos após a batalha de Megiddo tomou Kadesh no Orontes. Após a conquista do Retenu, ele construiu uma grande frota naval, que foi fundamental em sua extensão e influência egípcia sobre grande parte do litoral do Oriente Próximo. Seu exército poderia chegar a qualquer cidade costeira na Síria por via marítima, em 4-5 dias, enquanto a pé, a viagem iria demorar mais de uma quinzena. Surpresa foi uma importante arma em seu arsenal.

O exílio auto-imposto de Moisés ocorreu em 1486 a.c., quando ele tinha 40 anos de idade, conforme Atos 7:23 e Tutmés III já estava no poder há 18 anos. A morte de Tutmés III é mencionada em Êxodo 2:23.

Hatchepsut teria nascido por volta de 1505 a.C. (data não precisa). Fora filha do faraó Tutmés I e da rainha Ahmose. Quando seu pai veio a falecer, ela tinha entre 15 ou 20 anos, então acabou se tornado esposa de seu meio-irmão Tutmés II. Estima-se que Hatchepsut teria começado a governar por volta de 1490 a.C, como co-regente do jovem Tutmés III. Mas pouco tempo depois, contrariando a espectativa de muitos, ela acabou adotando os nomes reais que designavam um faraó, passando a se tornar uma farani (farani é o termo feminino para faraó, contudo, Hatchepsut não o utilizava, ela se autoproclamava faraó). Sendo assim, ela passou a se vestir como um homem e a usar os trajes dos faraós.

O profeta Jeremias foi chamado ao ministério no décimo terceiro ano de Josias, no 672 a.C. Devido a que Josias já havia começado sua reforma religiosa, é razoável deduzir que o profeta e o rei trabalhassem em estreita colaboração.

A morte de Josias pode ser conferida na Bíblia, em 2 Crônicas 35.20-24 (NTLH):

Depois de tudo isso, quando Josias já havia acabado de pôr em ordem o Templo e o culto, o rei Neco, do Egito, marchou com o seu exército para lutar em Carquemis, que ficava na beira do rio Eufrates. Josias saiu com o seu exército para lutar contra ele, mas Neco lhe mandou a seguinte mensagem:

— Rei de Judá, você não tem nada a ver com esta luta. Eu não vim lutar contra você, mas contra os meus inimigos, e Deus mandou que eu me apressasse. Deus está comigo; portanto, se você lutar contra Deus, ele o destruirá.

Mas Josias não voltou atrás; ele não quis dar atenção ao aviso que Deus estava dando por meio do rei Neco. Pelo contrário, ele se disfarçou e marchou para lutar contra Neco no vale de Megido. Os soldados egípcios atiraram flechas contra Josias, e ele gritou para os seus oficiais:

— Estou gravemente ferido! Tirem-me daqui!

Os oficiais o tiraram do seu carro de guerra, e o puseram em outro carro, e o levaram para Jerusalém. Josias morreu e foi sepultado nos túmulos dos reis. Todo o povo de Judá e de Jerusalém chorou a morte dele.

“Porquanto eis que, naqueles dias e naquele tempo, em que removerei o cativeiro de Judá e de Jerusalém, congregarei todas as nações e as farei descer ao vale de Josafá “e ali com elas entrarei em juízo, por causa do meu povo e da minha herança, Israel, a quem eles espalharam entre as nações, repartindo a minha terra.” (Joel 3:1,2)

A campanha de conquista da Palestina, durante a Primeira Grande Guerra, foi dominada pela cavalaria e os britânicos alcançaram duas vitórias de infiltração em Gaza (1917) e em Megido (1918). O coronel T.E. Lawrence e outros oficiais britânicos guiaram tropas paramilitares árabes numa incursão contra os Otomanos, usando estratégias e tática desenvolvidas na Guerra da Boêmia. A batalha de Megido (1918) é também considerada a última em que a cavalaria foi utilizada com sucesso. Perceba que a planície de Megido foi palco da primeira batalha registrada e da última em que um símbolo de poderio, que eram os cavaleiros, teve seu ocaso.

O monte Tabor se eleva quase 600 metros diante do vale do Megido. Muitos estudiosos acreditam que ali o Senhor Jesus transfigurou-se diante de Pedro e João. Na visão, Moisés e Elias conversavam com ele para admiração dos discípulos. Como se aproximava a Festa dos Tabernáculos, Pedro ofereceu montar tendas para eles. Profeticamente, Jesus indicou o lugar de Sua descida gloriosa e magnífica onde irá derrotar o Anticristo, e seus seguidores, junto com Seus exércitos de homens e anjos. Um evento de grande registro, poderes envolvidos e Juízo de Deus.

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