A rotina é retomada em Salvador, após o reinado de Momo, e a prefeitura analisa o resultado da festa. O município fechou o balanço da folia no vermelho. Foram arrecadados diretamente com impostos de entidades carnavalescas cerca de R$ 5 milhões, de acordo com estimativa da Secretaria Municipal da Fazenda.

Segundo levantamento da prefeitura,em 2009 foram investidos R$ 31 milhões do poder público municipal para garantir a infra-estrutura do festejo popular. Contando com a arrecadação via cota de publicidade (R$ 5,55 milhões) e os R$ 3 milhões fornecidos pelo governo do Estado, o saldo negativo da prefeitura fechou em R$ 17,45 milhões.

No entanto, o retorno do carnaval vai além do arrecadado diretamente com os impostos. Além do incentivo ao turismo (não só no período do Carnaval), a folia rende a Salvador um movimento maior no comércio e até no mercado informal, difícil de ser apurado.

De acordo com Cláudio Tinôco, presidente da Saltur – empresa pública municipal responsável pela organização da festa –, dos R$ 5 milhões arrecadados, a previsão é de que R$ 1,2 milhão tenha sido originado nas cobranças de taxa de licenciamento da Sucom sobre camarotes.

A previsão é a mesma para a arrecadação das taxas da Secretaria de Serviços Públicos (Sesp). O restante, ainda segundo o presidente da Saltur, fica por conta da cobrança de ISS (Imposto Sobre Serviços) para os blocos. Este valor ainda não foi apurado.

Uma realidade que contrasta com os devaneios de Luiz Carlos Prestes Filho, autor do estudo “A Cadeia Produtiva da Economia do Carnaval”. Em 2000, quando iniciou a pesquisa no Núcleo de Estudos de Economia da Cultura da PUC-Rio, o carnaval envolvia gastos de R$ 416 milhões. Em 2006, esse número chegou a R$ 685 milhões e gerou 246 mil postos de trabalho por mês. ” Ele defende a participação da Petrobras com o seguinte argumento: “A Petrobras é a 9ª empresa do mundo, mas não é uma marca conhecida”. Outra idiotice própria de quem vive extorquindo a Estatal!