O pr. Ed Rene Kivitz, em artigo da revista ECLESIA, escreve sobre administração de riquezas: “… Todos nós temos várias contas correntes: saúde, caráter, relacionamentos, dinheiro, realização, conforto, tranqüilidade, sono, coração, consciência em paz e assim por diante. O enriquecimento integral acontece quando a gente consegue fazer com que todas as contas cresçam ao mesmo tempo. O justo jamais saca da conta caráter para depositar na conta dinheiro; jamais saca da conta família para depositar na conta realização pessoal. Mais do que isso, o justo sabe quais das contas sacrificar mais e quais sacrificar menos. Isto é, na hora de escolher entre perder dinheiro e perder a integridade, o justo sempre perde dinheiro. 

O bem-estar pessoal e familiar, o conforto, a tranqüilidade e a paz de espírito são riquezas imensuráveis. Não devemos nem precisamos abrir mão de uma vida confortável. Apenas devemos cultivar um coração capaz de viver no desconforto sem murmurar e nem permitir que isso nos infelicite. Há pessoas, por exemplo, que preferem perder dinheiro do que perder a paz de espírito, a pureza da consciência e leveza do sono.  Em outras palavras, todos nós devemos fazer uma lista de valores inegociáveis. Caso você não a tenha, é bom providenciar com urgência, e depois verificar se Deus concorda com ela.

Esses princípios devem ser ensinados na igreja. Antigamente, muitos pastores ficavam pouco à vontade em falar sobre o assunto. Mas, recentes pesquisas mostram que a congregação quer ser orientada sobre o que fazer ou onde aplicar seus recursos financeiros. Recomenda-se que o líder reserve e utilize um tempo para falar sobre princípios financeiros. A Palavra de Deus está repleta de bons e maus exemplos. Os testemunhos pessoais chegarão naturalmente.

Um ponto de cuidado é com os exageros da chamada teologia da prosperidade. Clichês como ‘toda riqueza provém de Deus’ ou ‘dinheiro manda buscar a felicidade’ fazem a congregação gargalhar mas podem dar mais trabalho e frustração do que resultados. Temos visto que Deus faz milagres financeiros porém sua forma de agir difere para cada pessoa. Quanto maior o efeito da aplicação financeira biblicamente coerente, maior será o milagre e os resultados na vida das pessoas e suas congregações.

Por outro lado, quem recebe os recursos para administrá-los na igreja, precisa passar transparência e segurança na sua utilização e controle. Os princípios bíblicos e critérios conhecidos devem dirigir o trabalho de todas da equipe financeira da igreja. Os cuidados que temos em nossas casas e finanças pessoais servem para nossas igrejas.

G/P

Jair
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