Este é um diagrama que busca a relação dos dons ministeriais com a exposição das Escrituras. Temos falado que pessoas recebem dons, ou carismas. O Espírito Santo de Deus é o doador e, portanto, seus motivos são perfeitos e incompreensíveis. O objetivo é a edificação do Corpo de Cristo, a igreja. É possível concluir que dons não possuem donos nem vice-versa. Os dons espirituais encontram sua eficiência máxima quando encontra aptidões genéticas complementares e pessoas engajadas de forma consciente.

5 ministérios

Começamos com os apóstolos, não devido sua importância. Mas pela sua instituição histórica. O Senhor Jesus comissionou seus discípulos para se tornarem apóstolos. Apóstolo é uma palavra grega transliterada que significa enviado. Jesus os chamou para enviá-los após algum tempo de discipulado intensivo. Seria razoável associar aos missionários? A resposta pode não ser tão simples. Um apóstolo estabelece a Palavra em um contexto missional ou cristão. No primeiro caso, o apóstolo é um missionário consciente de sua função na transformação da cultura de um povo não alcançado ou uma sociedade fechada para o Evangelho. No segundo, o apóstolo precisa ter um movimento para estabelecer os princípios da Palavra de Deus em uma comunidade cristianizada que enfrenta dificuldades para avançar no processo de implantação do Reino de Deus.

Os evangelistas são liberados na medida em que as fronteiras são alargadas e barreiras são quebradas. Muitos missionários se completam nessa função, pois sabem focar em pessoas e possui um discurso narrativo, o que atrai muitas pessoas. Alguns recebem dons de curas e libertações, o que impulsiona outras pessoas a convidar seus amigos e familiares. Eles desenvolvem habilidades de persuasão e sua mensagem é bastante compreensível para a tomada de decisão.

O apóstolo Paulo tinha o costume de trazer um profeta em suas viagens missionárias. Um apóstolo pode dispensar o apoio de evangelistas se o contexto for reativo e inóspito. Pode ser que atrair multidões não seja a primeira prioridade na aproximação cultural. O profeta pode discernir melhor as condições culturais para uma adaptação da mensagem do Evangelho. Um profeta aponta a Palavra em um contexto missional ou cristão. No primeiro caso, o profeta procura enxergar com os olhos de Deus um povo não alcançado ou uma nação fechada para o Evangelho. Ele receberá palavras específicas que podem dirigir intercessões e adoração específica. Nesses ambientes, os profetas prosperam. É bastante provável que intercessores e adoradores se levantem como profetas. Finalmente, profetas deveriam se manifestar em outras áreas de influência: negócios, administração pública, artes, entre outras.

A seguir, os pastores são designados pelos apóstolos ou escolhidos pela congregação. O livro de Atos dos Apóstolos revelam as duas possiblidades. Os bispos das principais igrejas perceberam o crescimento consistente do Cristianismo. Na verdade, sua doutrina estava em construção. Acredito que eles dispensaram o ministério apostólico e passaram a escrever que os 12 apóstolos foram testemunhas oculares do ministério do Senhor Jesus. Ninguém gostaria de receber em sua congregação alguém se dizendo apóstolo com uma “nova escritura” nas mãos.

Finalmente, quando os bispos se dedicaram a estabelecer o Cânon, ou seja, os pergaminhos que continham a Palavra de Deus, o choque com as heresias se tornou uma prioridade. Os Pais da igreja se tornaram apologistas por excelência. Rodney Stark identificou que as religiões prosperam quando há concorrência através de liberdade religiosa. Elas se tornam mais dinâmicas e mais criativas no discipulado de novos adeptos. Ocorre que muitos governantes buscam favorecer a hegemonia de uma religião em relação a outras minorias. Infelizmente, encontraram sacerdotes que se aproveitaram dessas trágicas decisões. Os mestres, que prefiro chamar professores em nosso contexto, buscam formas criativas de explicar a Palavra de Deus para o maior número de pessoas. Os mestres oferecem novas visões e aplicações de um texto bíblico para permitir melhores pregações.

A função pastoral foi plotada no diagrama na parte superior de modo intencional. Por razões históricas, os pastores realizam a maior parte das funções. Então, para possibilitar uma reestruturação para o modelo dos 5 ministérios precisamos redefinir pelas funções do pastor. Peter Wagner identifica 2 tipos de apóstolos: verticais e horizontais. O primeiro tipo surgiu da abrangência de atuação dos pastores e missionários em suas denominações e campos missionários. Eles ajudaram a criar uma rede de cooperação e supervisão de igrejas. O segundo surgiu primeiro. Eu explico: os apóstolos faziam parte desse grupo. Muitos deles eram leigos e não tinham família sacerdotal. Eles existem hoje, a partir da expressão de sua fé no trabalho dentro de um dos sistemas que compõe uma sociedade. Alguns escritores chamam esses sistemas de montanhas, referindo-se ao trabalho de escalar e influenciar outros a viver segundo os princípios da Palavra de Deus.

Publicidade