Lucas 9:52-54 “E mandou mensageiros adiante de si; e, indo eles, entraram numa aldeia de samaritanos, para lhe prepararem pousada, mas não o receberam, porque o seu aspecto era como de quem ia a Jerusalém.
E os seus discípulos, Tiago e João, vendo isto, disseram: Senhor, queres que digamos que desça fogo do céu e os consuma, como Elias também fez?”

O historiador Josefo lembra que os galileus tomavam o caminho de Samaria quando viajavam para as Festas em Jerusalém. É bom lembrar que Tiago e João receberam o apelido de Boanerges que significava “filhos do trovão”. Jesus, seu primo, conhecia o temperamento deles.

Na sequência cronológica narrada por Lucas, talvez o recente evento da Transfiguração tenha lembrado Elias (II Re 1.9-12). A versão persa inclui “…Tiago e João e os discípulos vendo isto ..” parece indicar que todos os discípulos participaram.

A inimizade entre judeus e samaritanos era histórica. Surgiu do tempo da divisão em reino do Norte e reino do Sul. O reino do Norte sofreu maior miscigenação com outros povos. Isso criou uma lacuna entre eles.

mico#12

Quando Jesus encontrou a mulher samaritana, Ele estava disposto a quebrar o muro de separação. A samaritana expressou, naquele diálogo, o que os samaritanos achavam dos judeus. Jesus driblou suas argumentações. Jesus a desarmou finalmente. Ela encontrou alguém que podia perdoar.

O pr. Fábio Damasceno, em A Psicologia do Perdão, explica que “… o problema do perdão é que você não atualiza a dívida. Você lembra do assunto, mas não deixa todos os sentimentos ligados àquele assunto virem à tona. Você não permite que todos os pensamentos e fantasias apareçam. Do mesmo modo, toda a raiva e vontade de se vingar podem ficar escondidas”.

Jesus narrou a parábola do bom samaritano para explicar ao fariseu quem era o próximo da expressão ‘amar o próximo’. O próximo da parábola era o judeu ferido por bandidos que foi socorrido pelo samaritano. O samaritano, protagonista da parábola, olhou para a necessidade do homem. Ele não tinha regras e leis que o impediam de ajudar o próximo. O escriba e o sacerdote tinham esses impedimentos. Eles não tinham motivos para agir diferentemente.

  1. É um mico quando não perdoamos alguém que quer o nosso perdão. Quando dizemos a esta pessoa que não há nada para ser perdoado podemos estar escondendo nossos ressentimentos. Aqui cabe aquela célebre pergunta que obtém diferentes pontos de vista: É mais fácil perdoar ou pedir perdão?
  2. É um mico quando não buscamos o perdão. Quando vivemos de uma forma que achamos que não precisamos pedir perdão. Ou quando pedimos perdão por ‘’alguma coisa’’ que tenhamos feito. Erramos no varejo mas queremos pedir perdão no atacado. Quer dizer que, em nossas relações com as pessoas ou com Deus, precisamos avaliar cada atitude e palavra para obtermos a liberdade de nossa alma.
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