As Ilhas Curilas representam um dos muitos postos defensivos exteriores da Rússia, quer fora das suas fronteiras contíguas (como no caso de Kaliningrado), as fronteiras nacionais (Armênia, Tadjiquistão, por exemplo), e até mesmo a massa de terra continental eurasiana (Novaya Zembla e, é claro, as Curilas). Cada um deles desempenha um papel específico na postura defensiva e de dissuasão maior, e cada um tem suas peculiaridades.
As Ilhas Curilas representam um dos muitos postos defensivos exteriores da Rússia. Elas ainda são parte de um território contestado, desde que o Japão continuamente estabeleceu uma reivindicação sobre elas a partir do fim da 2ª Guerra Mundial, que não concluiu com um tratado de paz Rússia-Japão, que poderia ter abordado o seu estado final.
A guerra pelo controle das ilhas Malvinas (Falkland) começou em 2 de abril de 1982 após a Argentina invadir o arquipélago que considera sua extensão territorial histórica. O país entende que, ao se tornar independente em 1822, passou também a controlar as ilhas, que pertenciam aos espanhóis. Já os britânicos afirmam que dominam a região desde 1833, quando ocuparam e colonizaram o arquipélago.
As regiões em disputa ficam no Mar do Japão e no Mar da China. Ao norte, o presidente sul-coreano Lee Myung-Bak resolveu visitar as ilhas Doko, que os japoneses chamam de Takeshima e dizem que são deles. O problema é que as rochas são guardadas pela Marinha sul-coreana, que mantém dois moradores na região para justificar a posse. No sul, de olho na área exclusiva de pesca e na possibilidade de exploração de petróleo, o governo japonês quer comprar o arquipélago de Senkaku, reivindicado por Taiwan (que chama o lugar de Diaoyu). A China, por seu lado, até reconhece a soberania de Taiwan sobre as ilhas. Só não reconhece a soberania de Taiwan sobre si mesma, e também quer a região para si.
As ilhas artificiais proclamam a intenção da China de romper o que o país considera um cerco americano — um sistema de alianças que forma um amplo arco a partir da península coreana, passando pelo Japão e as Filipinas. Elas também simbolizam o fortalecimento do nacionalismo chinês sob o governo do presidente Xi Jinping.
Em um comentário contundente, a agência de notícias estatal chinesa, a Xinhua, afirmou que os EUA transformaram o Mar da China Meridional em “águas turbulentas”, acrescentando que “o povo chinês não tem medo de problemas”. O Ministério das Relações Exteriores da China expressou seu “forte descontentamento e resoluta oposição” à ação americana.
De tempos em tempos, a Ilha Hans volta às manchetes mundiais. Ela fica em um certo estreito de Nares que, além de ligar o Atlântico Norte ao Oceano Ártico, também separa o Canadá da Groenlândia. A causa da vez foi um conjunto de especialistas em questões árticas que estão advogando uma possível solução ao conflito que já dura gerações. Em poucas palavras, a ideia é transformar aquele frígido e minúsculo pedaço de pedra numa espécie de condomínio binacional. Neste caso, os dois países teriam a posse da ilhota e a administrariam conjuntamente.
Só fica a pergunta: o que há ali para administrar? Mesmo que não haja muita coisa, o fato é que quando dois vizinhos não se entendem por algum motivo, a reconciliação é sempre o melhor caminho. “Isso resolveria uma disputa de longa duração que, mesmo sendo insignificante, tem um pequeno potencial para causar atrito no futuro”, disse Michael Byers, professor de direito da Universidade da Colúmbia Britânica.
O governo do Timor Leste celebrou a decisão da comissão de conciliação do Convenção da ONU sobre o Direito do Mar, que se declarou competente para mediar o estabelecimento de fronteiras no mar do Timor, contra os argumentos da Austrália.
O pleito provém dos direitos de exploração dos recursos do mar do Timor, uma superfície marinha que separa Austrália e Timor Leste e que os especialistas calculam que contém petróleo e gás no valor de US$ 30,5 bilhões.
O Timor Leste alcançou a independência em 20 de maio de 2002, depois da colonização portuguesa, a ocupação indonésia (1975-1999) e uma transição tutelada pela ONU. Nesse mesmo ano, assinou com a Austrália o “Tratado do Mar do Timor”, que criou uma zona comum de exploração e sentou os fundamentos para a gestão das reservas energéticas da rica jazida “Greater Sunshine”.