Para entender o comportamento dos apaixonados pelo esporte, a Ipsos Connect – unidade de negócios que coordena os serviços voltados para a área de Comunicação de Marca, Propaganda e Mídia da Ipsos – realizou um estudo com mais de 29 mil pessoas. O resultado aponta que Florianópolis é a capital onde existe o maior interesse pela modalidade ficando com 59%, logo atrás aparece Santos e região (57%), seguido por Salvador (54%) e Belo Horizonte (54%).
O levantamento aponta ainda que as classes AB e C são mais adeptas ao futebol com 45% cada. O interesse está presente em todas as faixas etárias, 21% entre o público de 10/19 anos, 56% entre 20/49 anos e 23% com o público acima de 50 anos.
“O brasileiro tem uma ligação muito forte com o futebol. É uma paixão cultural que passa de pai para filho. Qualquer cidade que você visite, por menor que ela seja, sempre terá um campinho de futebol para a diversão das pessoas”, afirma Diego Oliveira, diretor de contas da Ipsos Connect

ATÉ R$ 1.000,00 — 23.238 – 82,40%
R$ 1.000,01 ATÉ R$ 5.000,00 — 3.859 – 13,68%
R$ 5.000,01 ATÉ R$ 10.000,00 — 381 – 1,35%
R$ 10.000,01 ATÉ R$ 50.000,00 — 499 – 1,77%
R$ 50.000,01 ATÉ R$ 100.000,00 — 112 – 0,40%
R$ 100.000,01 ATÉ R$ 200.000,00 — 78 – 0,28%
R$ 200.000,01 ATÉ R$ 500.000,00 — 35 – 0,12%
ACIMA DE R$ 500.000,01 — 1 – 0,00%
TOTAL — 28.203
Ainda segundo o relatório, saíram do Brasil para o Exterior 1.212 jogadores, sendo 771 profissionais, 232 amadores e 209 atletas profissionais como amadores (sai do Brasil como profissional para atuar como amador em outro país). Destas transferências, 99 tiveram valores envolvidos, o que resultou em um total de R$ 679.740.600,00.
Já os times brasileiros contrataram do exterior 648 jogadores (580 profissionais e 68 amadores). Destas, 15 tiveram valores envolvidos, totalizando R$ 114.387.000,00.
— O futebol é uma parte crucial da vida moderna. Não é surpreendente, portanto, que os inimigos da vida moderna odeiem o futebol — resume o jornalista americano Franklin Foer, autor do livro “Como o futebol explica o mundo?”. — Vamos ser sinceros: endeusar Lionel Messi não é o mesmo que louvar Alá. De uma perspectiva fundamentalista, o futebol parece uma forma de sacrilégio, um desvio das emoções para longe do que é sagrado.
O professor Marcio Scalércio, embora se defina como cético em relação ao potencial libertador do futebol, acredita que o Estado Islâmico pode ter encontrado um rival que nunca vai se dobrar.
— O futebol é bastante popular nos países árabes. É um esporte jogado das areias do deserto às florestas da Amazônia. Essa implicância com o futebol é uma derrota anunciada para os grupos fundamentalistas religiosos. Eles vão deixar o poder e as pessoas vão continuar jogando bola.
A pesquisa do IBOPE Repucom classifica como superfã a pessoa que se declara “muito interessada” por um determinado esporte e, de longe, o futebol tem o maior número de fanáticos. No universo pesquisado, 42% se enquadraram como um superfã de futebol, enquanto no vôlei a proporção é de 25%.
A principal diferença é que essa paixão vai além de um simples interesse pelo esporte. Quase metade dos superfãs de futebol vai ao estádio e 65% levariam sua família para um jogo, números bem maiores que os observados no total da população. E se engana quem pensa que este brasileiro fica apenas sentado no sofá. É considerável a relação que eles possuem com o esporte como um todo: mais de dois terços afirmam que a prática esportiva é indispensável em suas vidas – jogar bola é, disparada, a atividade favorita para 45% deles.
No último ano, 57% dos entrevistados afirmaram ter comprado algum produto oficial esportivo, gastando em média R$147 – entre os superfãs de futebol, a compra chega a impressionantes 76% e o ticket médio sobe para R$155. A fama do amor às compras pode até ser das mulheres, mas quando o assunto é esporte, são os homens que adoram gastar. Quanto maior o ticket médio de gastos com produtos esportivos, maior a proporção de homens encontrada.
O estudo também coloca fim a um famoso e antigo mito do mundo dos esportes. Para 75% da população, é baixa a probabilidade deles deixarem de comprar produtos ou serviços de uma empresa que patrocina um time adversário. A realidade é que quase metade da população afirma que, na verdade, está mais propensa a gostar de uma marca por ela estar envolvida em patrocínios esportivos. Ou seja, a parceria das marcas com times e atletas só tem benefícios para ambas as partes.
Grau de interesse pelo esporte (%)
Fonte: IBOPE Repucom, Sponsorlink Brasil – Onda 3 (Junho’2014)