Uma das épocas que ocorrem o maior número de crimes associados ao lançamento de balões nas cidades do Brasil é o período de devoção a são jorge.
Nascido no Oriente, o culto de s. jorge permaneceu localizado, durante muito tempo, na Palestina, na Lídia e entre coptos do Egipto, cuja cidade de Gergeh lhe foi dedicada. Daí passou a Constantinopla que lhe dedicou o grande mosteiro de S. Jorge de Manganes, na Punta do Serralho. São Jorge é o santo padroeiro da Geórgia.
Foi patrono dos cruzados na Terra Santa, como sucedeu com Santiago, em Compostela, na Cruzada de Espanha. Depois da tomada de Antioquia, s. jorge, montado sobre um cavalo branco, teria vindo socorrer os cruzados, com os santos militares Demetrio e Mercurio, que puseram em fuga os Sarracenos.
O santo seria o protetor dos cruzados lutavam por Jerusalém com ódio e criavam uma cisão mortal com os muçulmanos durante séculos. Na Itália foi escolhido como patrono pelas Repúblicas de Gênova e de Veneza que lhe dedicaram nada menos que três igrejas: San Giorgio Maggiore, S. Giorgio Dei Greci e San Giorgio degli Schiavoni. Na Catalunha, foi adotado por Barcelona, de modo que três dos maiores portos do Mediterrâneo acertavam prestar‐lhe homenagem.
Em Inglaterra só chegou a converter‐se em santo nacional a partir de 1222, ano do sínodo de Oxford. A sua popularidade data do reinado de Ricardo I que, na cruzada, se colocou, com o seu exército, sob a proteção particular de S. Jorge. Além disso, o santo foi escolhido para patrono da ordem da Jarreteira, instituída em 1349, por Eduardo III. Na Inglaterra há mais de cento e sessenta igrejas sob sua advocação.
Embora haja quem pense que a devoção a S. Jorge, em Portugal, se possa colocar no séc. XII, no entanto, só no reinado de D. Afonso IV (1291-1357) de Portugal é que o uso do seu nome “São Jorge!” como grito de batalha se tornou regra, substituindo o anterior “Santiago!”. O Rei D. João I de Portugal era também um devoto do Santo, e foi no seu reinado que S. Jorge substituiu Santiago como padroeiro de Portugal. E o nome do santo, foi dado ao castelo de Lisboa. Em 1387, ordenou que a sua imagem a cavalo fosse transportada na procissão do Corpus Christi.
A partir do séc. XVI o culto de s. jorge, que personificava o ideal cavaleiresco da Idade Média, foi se perdendo, quando a artilharia tomou o lugar dos combates singulares com lança e espada. No Brasil, além de disputar a preferência dos católicos com Nossa Senhora Aparecida, ainda assume as formas de Ode, Ogum e Oxóssi na umbanda e no candomblé. Apesar de todo esse prestígio, chegou a ser rebaixado, assim como aconteceu com o ex-planeta Plutão: virou santo menor, de terceira categoria, por causa de sua origem envolta em incertezas. Uma reforma promovida pelo papa Paulo VI em 9 de maio de 1969, retirou do calendário litúrgico as comemorações dedicadas a santos cujas vidas eram conhecidas somente por relatos tradicionais, sem nenhuma documentação histórica. Coube a João Paulo II, pontífice mais sensível aos clamores populares, não só reabilitá-lo, como promovê-lo a arcanjo, no ano 2000.
O culto a são jorge reforça o malefício que as Cruzadas criaram na relação entre o catolicismo, igreja ortodoxa e islamismo. No Blog Paracleto já comentamos sobre o processo histórico de inserção da procissão da estátua de são jorge ao final do Corpus Christi, o que contribuiu para a sua promoção. Também revelamos como se deu o descolamento da procissão de Corpus Christi, sua associação com a divindade ogum e sua promoção pelos policiais e bombeiros no estado do Rio de Janeiro como um amuleto protetor.
Em postagem publicada em 20/04/2012, identifiquei que “… Uma das moedas cunhadas a mando de Constantino foi a SPES PVBLIC que proclamava explicitamente a nova fé de Constantino. Ele e Eusebius, seu historiador, se referiam ao dragão e à serpente com relação ao Arianismo. Constantino utilizou o simbolismo do dragão quando se referiu a Licinius, general inimigo. É possível que o ritualismo cristão admitiu a imagem do rei cristão destruindo o dragão desde então.
A deidade chamada são jorge é patrono de dezenas de países e regiões do mundo. Em Portugal, sua adoração estava vinculada à procissão de Corpus Christi. Era conduzida por Confrarias de açougueiros. No Brasil, passou a ser associado à Oxossi, do politeísmo africano. Com o passar dos anos, as homenagens foram descolando. Infelizmente, muitas categorias de trabalhadores como policiais e bombeiros são devotos da potestade que rende lucros aos ambulantes e igrejas dedicadas.”
A bandeira da Inglaterra foi adotada no século XVI, embora apareça como símbolo inglês desde meados da época medieval. Nos séculos XVII e XVIII, a bandeira foi usada como símbolo da marinha mercante inglesa. Possui formato retangular e é composta por uma cruz vermelha sobre um fundo branco. A cruz vermelha representa São Jorge, o patrono da Inglaterra. A bandeira da Inglaterra é popularmente conhecida no país como ” A Cruz de São Jorge” ou “A Bandeira de São Jorge”.
Muitas pessoas confundem a bandeira inglesa com a do Reino Unido, que é uma sobreposição da cruz de São Jorge (padroeiro da Inglaterra), da cruz de Santo André (padroeiro da Escócia) e da cruz de São Patrício (padroeiro da Irlanda).
Claramente uma narrativa depreciativa, falsa, de má-fé. Vá se tratar.