Esta postagem iniciou uma série de 3 estudos sobre a carta do apóstolo Paulo a Filemon. Ele seguiu junto com a carta aos cristãos das igrejas de Colossos e região próxima.
A carta era um convite à reconciliação, um desafio à mitologia e uma proposta alternativa à escravidão.
Muitos povos em minoria foram sujeitos à escravidão e opressão ao longo dos séculos. Isso nos faz refletir sobre a necessidade da mensagem do Evangelho a todos os seres humanos. Muitos profetas e líderes tem buscado o confronto contra todas as formas de escravidão em suas gerações.
Em nossos dias, lutamos contra a exploração sexual de crianças e mulheres, tráfico humano e trabalhos forçados.
A escravidão era uma realidade econômica e social aceita no mundo romano. Um escravo era propriedade de seu mestre, e não tinha direitos. De acordo com a lei romana, os escravos fugitivos poderiam ser severamente punidos e mesmo condenados à morte. Às revoltas dos escravos no séc. I resultaram em proprietários temerosos e suspeitos. Mesmo a igreja Primitiva não tendo atacado diretamente a instituição da escravidão, ela reorganizou o relacionamento entre o mestre e o escravo. Ambos eram iguais perante Deus (Gl 3.28), e ambos eram responsáveis por seu comportamento (Ef 6.5-9).
Paulo nesta carta apresenta-se como prisioneiro (δέσμιος) de Jesus Cristo. Tanto a palavra “prisioneiro” (δέσμιος) quanto “algemas” (δεσμοῖς), ambas da mesma raiz, terão um papel importante na argumentação do apóstolo no transcorrer de seu pedido (cf. versículos 1, 9, 10, 11, 23).
- Paulo define Filemom como amado e colaborador. O dicionário BDAG (p. 7) sugere que ἀγαπητῷ (amado)…
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