No Censo IBGE de 2000, o município de Fortaleza ocupava o segundo lugar entre as capitais brasileiras quanto à importância dos católicos na população (79%), logo depois de Teresina. Os católicos se mostram mais numerosos na parte oeste da cidade, que corresponde aos espaços de maior densidade demográfica. No entanto, os seus mais elevados percentuais são encontrados em bairros localizados a leste do Centro, como Meireles, Aldeota, Dionísio Torres, e ao sul, como José Bonifácio e Benfica, onde o catolicismo atinge 86% da população.
Com cerca de 55 mil fiéis em Fortaleza e 11 mil no restante da região metropolitana, os evangélicos de missão alcançavam 2,6% em 2000, alcançando 4% em Edson Queiroz e Sabiaguaba. Ao longo da década de 90, os pentecostais apresentaram uma variação de 4,7%. A importância relativa se mostra mais elevada, nos bairros periféricos da capital, onde ultrapassam, frequentemente, 12% da população, sobretudo no sul da cidade, como em Modubim, Prefeito José Walter e Jangurussu. Já no município vizinho de Maracanaú, os percentuais se mostram mais elevados, podendo atingir 15%.
O número de evangélicos no Ceará mais do que dobrou no intervalo de dez anos, passando de 612.847, em 2000, para 1.236.435, segundo o Censo 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com os dados da pesquisa, 14,63% da população do Estado se declarou evangélica.
A Federação das Igrejas Evangélicas do Estado do Ceará estima em 3,5 mil a quantidade de templos evangélicos na Capital. Segundo o site da Arquidiocese de Fortaleza e agentes de Pastoral, são 140 igrejas católicas, o que daria uma proporção de 25 templos evangélicos para cada igreja católica.
A avenida Leste-Oeste, no trecho que liga os bairros Jacarecanga à Barra do Ceará, pode ser vista como um microcosmo das mudanças ocorridas no perfil religioso da cidade. Das 22 igrejas contabilizadas por O POVO ao longo da via, 19 são evangélicas, duas fecharam as portas e apenas uma é católica. Alguns quarteirões chegam a ser ocupados por até três denominações religiosas. Sobre o grande número de igrejas localizadas em uma mesma avenida, o secretário afirma não haver concorrência, mas sim, “estilos diferentes”. “Temos um trabalho voltado para o louvor. As pessoas se sentem mais atraídas e preenchidas. As outras igrejas têm um estilo mais tradicionalista”, compara.
No Censo IBGE de 2000, o percentual dos católicos chegava a 76,6% em Natal, cujos maiores percentuais se encontravam na parte leste, sobretudo nos bairros de Petrópolis e Tirol, chegando a atingir 85% da população.
Com pouco mais de 21 000 fiéis, os evangélicos de missão representam apenas 3% da população de Natal, e seu crescimento, entre 1991 e 2000, foi pouco significativo, de +1,1 pontos percentuais. Os batistas se constituem no seu grupo mais representativo, uma vez que reúnem mais de 15.000 fiéis, ou seja, quase três quartos dos evangélicos de missão de Natal.
A porcentagem dos evangélicos pentecostais praticamente dobrou entre 1991 e 2000, uma vez que passou de 5,3% a 10,2%. Observa-se que eles são mais expressivos no norte da cidade, em Pajuçara e em Redinha, onde atingem quase 15% da população.
Natal pertence ao grupo de capitais brasileiras com acentuada pobreza, uma vez que 81% da sua população declara receber um rendimento mensal inferior ou igual a 3 salários mínimos e 59% apenas um ou menos.
O número de homicídios em Natal cresceu 251,3% de 2001 a 2011. A capital potiguar é que obteve o maior cresciemento no número de homicídios em todo o país. Quando se trata dos jovens a situação é ainda pior: o número de assassinatos de pessoas entre 15 e 24 anos foi 52 em 2001 e 191 em 2011, um aumento de 267,3%. Os dados fazem parte do Mapa da Violência 2013: Homicídios e Juventude no Brasil. O Rio Grande do Norte foi o terceiro estado do país que teve o maior crescimento no número de homicídios no período do levantamento, ficando atrás apenas da Bahia (245,2%) e Paraíba (230,4%).
A periferia de Fortaleza, na comparação com as das demais metrópoles do País, foi a que teve o maior crescimento na renda. Pela pesquisa do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (CPS/FGV), entre 2001 e 2008, a renda média na periferia da Capital cearense aumentou em quase 52,3%, saindo de R$ 204,34 para R$ 311,11. Já em Fortaleza, o desempenho não foi dos mais satisfatórios, apenas 8,4% de incremento, subindo de R$ 534,91 para R$ 579,83, considerando o mesmo espaço de tempo. Esse padrão, onde a periferia cresce mais que a Capital, foi observado em sete das nove metrópoles brasileiras.
No Ceará, 27% da população possui pelo menos um tipo de deficiência. Isso significa que mais de ¼ da população cearense é deficiente. Dos 8,4 milhões de cearenses, mais de 2 milhões se enquadram no percentual. A maioria é da raça amarela (34,09%), seguida da preta (32,72%) e da indígena (30,94%).
O Censo apontou também que os deficientes de 15 anos ou mais de idade do Nordeste têm o nível educacional mais baixo: 67,7% não têm instrução ou fundamental incompleto. No País, o valor é de 61,1%. A taxa de alfabetização dos adolescentes com deficiência e 15 anos ou mais de idade é a menor na região Nordeste.