O Papel Semente é produzido por uma comunidade empreendedora e parceira do Grupo Eco em Itariri, no Vale do Ribeira em São Paulo gerando 16 empregos diretos. “Fiquei impressionada com a excelente receptividade que o papel teve em São Paulo, no evento de lançamento da nova linha de produtos do Grupo Eco. É muito gostoso receber tantos elogios e incentivos para nosso projeto” diz Genilda Morais, líder da comunidade de Itariri.
Na sua produção, fibras da bananeira são selecionadas, cortadas e fervidas e depois entram em processo de bateção, gerando assim a pasta para ser desenvolvido o papel. Em seguida, as sementes de hortaliças são incrustadas à pasta que se transformará em folhas de papel após serem prensadas e secas ao sol.Tem carinha de reciclado mesmo (até porque ele é!), poroso, bonito, com uns relevos. Lendo o que estava impresso no folheto comercial que recebi impresso neste papel, percebi umas instruções para picotar depois de ler, enterrar e esperar, que uma planta iria nascer. Achei genial. Poxa, como não tinham pensado nisso antes?
Pelo que vi, essa ideia é “relativamente” nova. Uma das empresas tem aproximadamente um ano de existência. Com a finalidade de criar algo sustentável, produziram um material que além de ser artesanal e oriundo (nossa, que culto) da reciclagem, oferecesse o diferencial de ser mais ecológico ainda. Claro que a proposta não é sair tacando papel pelo chão freneticamente, ou fazendo disso uma desculpa para jogar seu lixo em qualquer montinho de terra por aí, mas é uma sugestão interessante para empresas que têm o seu lado “verde”.
Pesquisando melhor, achei algumas empresas que produzem este papel, como a “Papel Semente” e o “Grupo Eco“.Tais empresas oferecem, além da variação de tamanhos e cores, a opção da semente! Rúcula, manjericão, salsinha, agrião, cravinho da índia, camomila, erva doce e muito mais. Fazer uma horta de “papeis” em casa é uma ideia, no mínimo, bem sustentável. O mais legal vai ser quando a tinta da impressão tiver alguma finalidade semelhante.
Ecologicamente correto, o papel, depois de utilizado, é cultivado na terra como qualquer outra planta e brota. A iniciativa de reproduzir a idéia em Guarulhos partiu da socióloga Rosemeire de Almeida, monitora das oficinas de papel do Tear, para atender uma solicitação da rede Wal-Mart, cliente do projeto, que tomou conhecimento desta criação na Inglaterra. Diante do desafio, ela e o grupo de oficineiros realizaram várias experiências e chegaram ao produto final.
A diferença de produzir o papel com fibras e com sementes de grama está no tratamento químico, processo pelo qual a mais nova invenção não precisa passar. As vantagens são muitas, explica a monitora: “é uma prova viva de que as pessoas precisam reciclar, cuidar do meio ambiente e da natureza, porque ela sempre responderá positivamente”, ressalta. O custo para produzir o papel a partir de sementes de grama é o mesmo da fabricação com fibras: equivale a aproximadamente R$ 0,90 por folha.
Alguns produtos no site do Grupo Eco:
E uma reportagem bem explicativa sobre o processo de fabricação: