Em 2012, cerca de 300 empresas foram desnacionalizadas. A maioria das aquisições ocorrem com a compra de plantas existentes. Um levantamento da Dealogic mostra que no primeiro semestre de 2012 foram feitas 459 fusões e aquisições no Brasil, enquanto que no mesmo período do ano passado foram fechados 291 negócios do gênero. O número elevado é explicado em parte pela vigência das novas regras para análise de fusões e aquisições pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), mas também aponta a efervescência deste tipo de negociação no Brasil.
O volume de fusões e aquisições tendo como alvo empresas brasileiras em 2010 foi o segundo maior entre os mercados emergentes – atrás apenas da China –, segundo um levantamento da consultoria britânica Dealogic. Até setembro, a Dealogic registrou 375 operações que resultaram na troca de mãos de ativos de empresas brasileiras, alcançando quase US$ 76 bilhões. Além da compra de parte da Brasilcel pela Telefônica por US$ 9,6 bilhões, figuram na lista das maiores operações a união da TAM e da LanChile anunciado em agosto (US$ 5,5 bilhões) e a aquisição de ativos da Cosan pela anglo-holandesa Shell em fevereiro (US$ 5,4 bilhões).
O BTG Pactual foi líder em Fusões e Aquisições em 2011. Em 2011, o Banco participou das maiores e mais complexas operações de fusões e aquisições do país. Entre elas estão a venda do controle da Schincariol para a Kirin por R$ 4 bilhões e a compra de fatia da Usiminas pela Ternium, no valor de R$ 5 bilhões. Outros destaques foram a reorganização societária do Grupo Oi, a aquisição da AES Atimus pela TIM, e a incorporação da WTorre pela BR Properties. No consolidado de 2011 da Thomson Reuters, o Banco participou de 54 operações, que movimentaram cerca de US$ 24 bilhões. O volume representa 30% de participação no segmento. De janeiro a dezembro, as transações de M&A totalizaram US$ 79,2 bilhões no Brasil. Em 2010, o BTG Pactual também ocupou o primeiro lugar do ranking, com participação em 56 fusões e aquisições.
Desde 2004, 1.300 empresas brasileiras foram VENDIDAS!
De acordo com o levantamento da KPMG, o número de fusões e aquisições no Brasilapresentou maior alavancagem em 2007, uma vez que expressou um crescimento 43% em relação ao ano anterior. Ainda segundo a pesquisa, de Janeiro até Dezembro de 2007 foram efetuadas 699 acordos durante o ano, superando o ano de 2006 que apresentou 473 transações desta natureza. Os setores que mais se destacaram foram o de alimentos, bebidas e fumo, com 66 transações; o de TI (Tecnologia de Informação) com 55 transações e o imobiliário e shopping centers (ambos com 51 operações) respectivamente
Certamente as fusões e aquisições alegram a IBOVESPA mas refletem o processo de sucateamento da indústria no Brasil.
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) decidiu que vai fazer uma análise profunda nas operações de fusão e aquisição na área de educação, que foi tema de 40 julgamentos do órgão entre setembro e dezembro do ano passado. A intenção é identificar quem está por trás dos grupos educacionais e desvendar qual é o real nível de concentração do setor.
Mergulhos como este já foram feitos pelo Cade em outros setores, como saúde, frigoríficos, cimento e siderurgia. Em alguns deles, a autarquia percebeu que grupos com atuação sólida no País começaram a usar holdings e outras empresas para abarcar o maior volume possível de empresas. Isso diminui a concorrência e pode criar um ambiente de manipulação, com influência sobre os preços.
As relações cruzadas entre sócios vieram à tona porque Rodrigues é também o maior acionista individual do Fundo de Educação para o Brasil (FEBR), dono de 17,24% da Anhanguera. Ele vendeu, porém, sua participação de 49% na Anhembi à Laureate em janeiro. “A questão é saber qual é o núcleo do comando da operação. O Anhanguera é um dos maiores concentradores com maior expressão no setor”, disse o relator. “Concorrente é para concorrer, não é para ficar junto.”
Dados preocupantes. Na verdade a Gerra cambial e econômica já começou a décadas e não demos conta disso.