A polícia religiosa da Arábia Saudita deu o sinal verde para que as mulheres usem bicicletas e motocicletas sempre que forem acompanhadas por um homem de sua família e vestidas de uma maneira “respeitável”.

Em 2011, dois dias depois de as mulheres conquistarem o direito ao voto na Arábia Saudita, Shaima Ghassaniya foi condenada a levar dez chibatadas por desafiar uma regra do país: mulheres não podem dirigir. Shaima continuaria sem poder ter carteira de motorista, agora, porém, poderia andar de motocicleta ou bicicleta, informou o jornal “al-Yaum” nesta segunda-feira.

A Arábia Saudita não possuiu uma lei que proíba mulheres de dirigir. Porém, existem as fatwas, pareceres emitidos por especialistas, na maioria das vezes com interpretações radicais do Alcorão, com peso de lei. Como o governo saudita não emite licença para mulheres, qualquer uma que for flagrada dirigindo é vista como ilegal. Sobre duas ou três rodas, a situação agora é diferente.

mulheresApesar do papel mais importante desempenhado pelas mulheres no país, crimes de gênero estão em alta na Índia. Em 2011 foram registrados 24 mil casos de estupro – 17% só na capital, Nova Déli. O número é 9,2% maior do que no ano anterior.

Segundo os registros policiais, em 94% dos casos os agressores conheciam as vítimas. Um terço desses eram vizinhos. Parte considerável era de familiares. E não se tratam apenas de estupros. Segundo a policía, o número de sequestros de mulheres aumentou 19,4% em 2011 (em relação ao ano anterior). O aumento dos casos assassinato foi de 2,7%, nos de torturas, 5,4%, nos de assédio sexual, 5,8%, e nos de violência física, 122%.

Embora o dote tenha sido legalmente abolido em 1961, a simples aprovação da legislação não conseguiu libertar as mulheres desta maldição, já que estrutura familiar permanece intacta. E a família assassina geralmente encontra maneiras de sumir com as provas que podem incriminá-los. A extensão da violência pode ser medido pela estatística que mostra que existem 100 milhões de mulheres desaparecidas na Índia.