Jim O’Neill introduziu uma década de expansão do investimento em 2001 quando cunhou o termo BRIC para os maiores mercados emergentes. Neste ano, um acrônimo menos conhecido que o presidente do conselho do Goldman Sachs Asset Management ajuda a popularizar tem ganhado espaço entre muito investidores.
As nações chamadas de MIST — México, Indonésia, Coréia do Sul e Turquia — são os maiores mercados do fundo Goldman Sachs N-11 Equity Fund. Aberto em fevereiro de 2011 para investir no que O’Neill considera os próximos 11 grandes mercados emergentes, o fundo acumula alta de 12 por cento neste ano, comparado a um ganho de 1,5 por cento do fundo do Goldman Sachs para Brasil, Rússia, Índia e China.
As economias MIST mais que dobraram em termos de tamanho na última década, superando a Alemanha no ano passado. No México, segunda maior economia da América Latina, as exportações recordes de automóveis estão ajudando o crescimento a superar o do Brasil pelo segundo ano diante da diminuição da demanda chinesa pelas exportações de commodities do País.
No seu livro recente, lançado no final do ano passado, intitulado The Growth Map (O mapa do crescimento), o economista nascido em Manchester (fã do United) elegeu um novo grupo de 11 países promissores, dos quais se destacam quatro — México, Indonésia, Coreia do Sul e Turquia — posteriormente designados pela imprensa pelo acrônimo MIST. São economias que, segundo o economista, crescem mais do que as outras, resistiram melhor à crise internacional e possuem menos burocracia. Outras características distintivas é o facto de todos eles albergarem grandes populações, em regra, jovens. Em suma, os MIST são hoje vistos pelo autor como um novo “oásis” num mercado cada vez mais descrente na Europa e nos Estados Unidos e menos entusiasta com os próprios BRIC, cujas taxas de crescimento já não se mantêm a dois dígitos.