O Quênia sofreu nos últimos seis meses vários ataques terroristas.Pelo menos 16 pessoas morreram em ataques com granadas e tiros contra duas igrejas na cidade de Garissa, nordeste do Quênia, durante a realização do culto e missa dominical, informa o jornal queniano ‘Sunday Nation’. Os ataques foram cometidos de forma simultânea contra a igreja African Inland Church (AIC) e a Igreja Católica de Garissa, cidade próxima à fronteira com a Somália e ao campo de refugiados somalis de Daabad. O site do ‘Sunday Nation’ indica que 50 pessoas ficaram feridas na igreja AIC, onde também houve o maior número de vítimas, 13. As outras três mortes ocorreram no ataque contra a Igreja Católica de Garissa.”Não fizemos prisões ainda, mas temos informações de que cinco pessoas participaram do ataque com granadas e disparos contra a igreja AIC e outros dois terroristas atentaram com uma granada na igreja católica”, manifestou Philip Ndolo, subchefe de polícia de Garissa, em palavras divulgadas pela emissora local ‘Capital FM’.

O Conselho Supremo Muçulmano do Quênia (SUPKEM) condenou os ataques. A principal suspeita é a guerrilha islamita somali Al Shabab, mas ninguém ainda assumiu a autoria dos atos.O Quênia sofreu nos últimos seis meses vários ataques terroristas, tanto em Nairóbi como em Mombaça e no norte do país, que causaram uma dezena de mortos e vários feridos. Desde a incursão de tropas quenianas em território somali no mês de outubro do ano passado, o Al Shabab ameaçou várias vezes promover atentados nas principais cidades do Quênia.

Os ataques no Quênia se sucedem aos ataques de grupos radicais islâmicos no Sudão do Sul, o mais novo país integrante da ONU. A polêmica cresce quando se trata da partilha da exploração das jazidas de petróleo daquele novo país. Recentemente, novas jazidas foram descobertas no Quênia. A Nigéria tem sido alvo de ataques frequentes pois grupos islâmicos concentram na região norte subsaariana, próximo de outros países de maioria muçulmana.

Os historiadores coincidem ao afirmar que a Guerra civil Inglesa foi a última guerra religiosa da História mas parece que as motivações reapareceram nestes últimos tempos. Guerras geram mais miséria e fome em países que sofrem com a epidemia da AIDS e clima seco.