Shavuot, ou Festa das Semanas ou Pentecostes, era a segunda Convocação do povo de Israel. Era uma dedicação dos primeiros frutos da colheita dos cereais, especialmente o trigo. A contagem das 7 semanas era iniciada no 2° dia da Páscoa com a oferta dos primeiros molhos de cevada que eram peneirados, preparados com óleos e queimados em oferta ao Senhor Deus. Então, o povo poderia comercializar e utilizar as primícias da colheita de grãos, cevada e trigo.

O livro de Deuteronômio 16:9-12 relata: “Contarás sete semanas, a partir do momento em que meteres a foice em tua seara. Celebrarás então a festa das Semanas em honra do Senhor, teu Deus, apresentando a oferta espontânea de tua mão, a qual medirás segundo as bênçãos com que o Senhor, teu Deus, te cumulou. Alegrar-te-ás em presença do Senhor, teu Deus, com teu filho, tua filha, teu servo e tua serva, o levita que vive em teus muros, assim como o estrangeiro, o órfão e a viúva que vivem no meio de ti, no lugar escolhido pelo Senhor, teu Deus, para aí habitar o seu nome. Lembra-te de que foste escravo no Egito, e cuida de observar estas leis.”

A colheita dos cereais era feita depois da época das chuvas, durante a estiagem, cerca de 150 dias após o plantio. O agricultor sabe que está na hora da colheita quando os grãos ficam marrons. Após isso, a colheita deve ser feita com rapidez, para que as sementes não se estraguem. A planta é cortada por inteiro e, depois, colocada para secar ao sol.

Em Levítico 23:10-16, temos a orientação: “quando tiverdes entrado na terra que vos hei de dar, e fizerdes a ceifa, trareis ao sacerdote um molho de espigas como primícias de vossa ceifa. O sacerdote agitará esse molho de espigas diante do Senhor, para que ele vos seja favorável: fará isso no dia seguinte ao sábado. No mesmo dia em que o molho for agitado, oferecereis ao Senhor em holocausto um cordeiro de um ano, sem defeito, ajuntando a ele uma oferta de dois décimos de flor de farinha amassada com óleo, como sacrifício pelo fogo de agradável odor ao Senhor, e mais uma libação de vinho, constando de um quarto de hin. Não comereis nem pão, nem grão torrado, nem espigas frescas até o dia em que levardes a oferta ao vosso Deus. Esta é uma lei perpétua para vossos descendentes, em todos os lugares em que habitardes. A partir do dia seguinte ao sábado, desde o dia em que tiverdes trazido o molho para ser agitado, contareis sete semanas completas. Contareis cinqüenta dias até o dia seguinte ao sétimo sábado, e apresentareis ao Senhor uma nova oferta.”

O Brasil, como Nação, precisa entender seu chamado e oportunidade. Já fomos chamados de celeiro do mundo em razão de nossas terras. Não queremos ficar restritos à exportação de commodities. Queremos mais tecnologia e industrialização. Porém, para termos terra e clima favoráveis, precisamos abandonar os ídolos e superstições que permitem o Diabo interferir em nosso equilíbrio ecológico, trazendo sofrimento para nosso povo.

Simbolicamente a festa das Primícias apontava para a outorga do Espírito Santo a Igreja. O que de fato ocorreu exatamente neste dia festivo (At 2:1). O apostolo Paulo chamou o Espírito Santo de “primícias” (Rm 8.23). Identificou Jesus Cristo como as Primícias daqueles que serão ressuscitados no Grande Dia do Senhor (I Cor 15:20-23). O Espírito, então, é descrito como o início de uma colheita. Neste caso é Deus, e não o adorador, quem dá as primícias. São as primícias de Deus para o homem (2 Co 5.5).

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