A vida e ministério de Jesus são a base da igreja que ele deixou para cumprir a grande missão. Assim como, a Bíblia relata os erros dos personagens bíblicos, pela História vemos que a igreja se desviou do foco principal em muitas ocasiões. Porém, o Espírito Santo move sua igreja para cuidar do seu legado: as vidas que estão se convertendo e precisam ser discipuladas.

Esse é o legado que a igreja pode contribuir para sua cidade. Discipular as vidas que estão se convertendo. Para isso, é necessário termos mais igrejas em crescimento ajustado nas dimensões da missão integral.  Pelas recentes pesquisas no Brasil, podemos fazer a seguinte leitura:

1. Temos 25% de evangélicos. Em algumas regiões mais, outras menos.
2. Cerca de 25% são desigrejados. Estão mais ou menos fora. Foram desiludidos, excluídos ou não assimilados corretamente.
3. Cerca de 25% estão presos em práticas corruptas e erradas. Não conseguem sequer ouvir o evangelho quanto mais compreender. São perseguidores ou críticos.
4. Os outros 25% esperam mais argumentos, mais testemunho, mais amor para tomarem a decisão que já poderiam ter tomado agora. Esperam um milagre, uma intervenção divina.

O carnaval é a primeira medição de forças do ano no reino espiritual no Rio de Janeiro. Convém lembrar que Jesus foi conduzido pelo Espírito para travar luta com Satanás antes de iniciar com poder Seu Ministério.

As entidades que governam os terreiros, originais das Escolas de samba, recebem adoração criativa e coordenada nesses dias. O carnaval é negócio. O carnaval é assunto espiritual. O carnaval é causa e conseqüência moral. O carnaval é o principal evento da cidade do Rio de Janeiro.

Deus sabe com quem Ele pode contar nestes dias. Não se pode esconder uma cidade edificada sobre o monte. Assim brilhe a luz da igreja onde ela passa. Temos visto locais de carnaval enfraquecer e fechar. Temos visto conversões. Temos visto a boa reação da população com a nossa presença. Peter Wagner chama de evangelismo de presença.

Millard Erickson comenta: “Olhando para o lado exterior da missão da igreja, Moody coloca que a missão pode ser resumida em três aspectos especiais: “como martyria (testemunho), diakonia (serviço) e koinonia (comunhão).”

As igrejas precisam distinguir estes dois componentes na proclamação do evangelho: o testemunho e a pregação. Os crentes precisam ser motivados a testemunhar onde se encontram. Essa é uma lacuna crítica: o espaço entre a casa e a igreja. Quando acontece, o avivamento se torna evidente neste espaço. Se os crentes não testemunham, não existe avivamento. O testemunho precisa ancorar na Palavra. A Palavra é causa e consequência. Isto é, os crentes necessitarão de mais conhecimento. A igreja deverá fornecer a kerygma através de seus apóstolos, mestres e profetas. A motivação para o testemunho (martyria) será provido pelos evangelistas e pastores.

Muitas igrejas fornecem a palavra kerygma apenas através de seus púlpitos. Isto torna a congregação demasiadamente dependente do pastor, o que muitos estudiosos chamam de crescimento do sacerdotalismo. Algumas igrejas estão retornando com escolas bíblicas não apenas para promover a edificação espiritual, mas à necessidade de prover conhecimento bíblico aos crentes.

“O testemunho é a missão central da igreja em todas as situações”. Este testemunho inclui o testemunho referente à pessoa e obra de Cristo, como também os demais aspectos da aplicação da mensagem de Cristo no âmbito completo do Seu ministério. Este testemunho é logo aplicado em parte através do serviço cristão como também no contexto da comunhão cristã. O enfoque triplo da missão é unificado em torno do primeiro aspecto de oferecer testemunho sobre Cristo, incluindo nesta definição todo o processo de discipular o ouvinte.”