Em 2005, os resultados de 11 partidas do campeonato brasileiro da primeira divisão foram anulados devido a indícios de que o juiz Edilsou Pereira de Carvalho manipulara os resultados para beneficiar uma máfia de apostas. Foi o maior escândalo da históna da arbitragem do futebol brasileiro.

O Ministério Público de Minas Gerais apresentou resultado de investigação sobre a escalação dos árbitros no futebol brasileiro. A conclusão é que tanto a FMF (Federação Mineira de Futebol), alvo inicial da apuração, quanto a CBF violam o Estatuto do Torcedor, que exige “transparência” na seleção e que o juiz seja “isento de pressões”.

De acordo com a coluna, a Promotoria diz que o sorteio dos árbitros é “viciado”, com “critérios subjetivos” que limitam a dois profissionais aqueles que podem ser escolhidos para cada partida. E questiona o fato de os clubes vetarem determinados nomes para seus jogos.

Segundo a coluna, a recomendação do promotor José Antônio Baêta é que CBF e FMF coloquem na urna todos os árbitros escalados para apitar naquela divisão, e não apenas dois, e que divulguem quanto eles ganham por partida.

O presidente da federação mineira, Paulo Schettino, diz que “o estatuto fala em no mínimo dois árbitros por sorteio, e nós cumprimos”. A CBF não comenta o caso.

Segundo a revista americana Foreign Policy, o faturamento anual dos jogos de azar no mundo é 400 bilhões de dólares, incluindo também atividades como cassinos, bingos e loterias. As apostas ligadas a esportes representam 20% deste total, o equivalente à 80 bilhões de dólares.