Um homem foi morto e outro ficou ferido durante a realização de uma vigília de uma igreja evangélica na madrugada desta quinta-feira (11/11/2010) em Sapucaia do Sul, na região metropolitana de Porto Alegre.
Segundo a Polícia Civil, os evangélicos estavam reunidos no alto de um morro, em uma reserva florestal da cidade, quando foram atacados, por volta da 0h30. De acordo com a polícia, testemunhas afirmaram que cinco pessoas chegaram ao local num veículo Palio e começaram a discutir com os evangélicos, membros da igreja neopentecostal Deus é Amor. Ainda segundo a polícia, as testemunhas também afirmaram que as cinco pessoas eram membros de um templo umbanda da região.
Uma briga começou e dois evangélicos foram esfaqueados. Nilton Rodrigues, 34, levou uma facada no pescoço e morreu no local.O pastor João Carlos de Oliveira, 63, foi ferido na barriga e levado para um hospital na cidade, onde está em observação.
Os administradores da fazenda já haviam registrado queixa na polícia devido a à utilização do morro para rituais religiosos com batuques e cantorias pela madrugada. Em e-mail, o presidente da Federação Afro Umbandista e Espiritualista do Rio Grande do Sul, Everton Afonsin, se disse chocado com o crime.
Atualmente existem 80 ministérios da Igreja Evangélica em Sapucaia do Sul, divididos em cerca de 150 templos, o que representa de 26 a 30 mil pessoas (cerca de 25% da população total). Apesar de o grande número de locais de culto religioso no meio afro e de umbanda, num total de 58 cadastrados, significar uma relativa compensação face à diminuta média de atos-semana por local, o número total de freqüências neste âmbito é muito inferior ao apresentado pelos outros, especialmente o católico e o pentecostal neopentecostal.
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Já se passaram mais de 2 anos e a Polícia do Rio Grande do Sul não apresentou indiciados. Em 2011, liguei para a DP que apura o caso, mas ainda não tinham conclusões.
– Só uma palavra explica a situação: intolerância religiosa – afirmou o investigador da 2ª DP, Ricardo Silva.
Impressiona também a atitude da liderança regional da igreja Deus é Amor, deixando o caso de lado, sem o devido o cuidado com seus integrantes. Continua reagindo com medo. Parece que não há cuidado pastoral.