Em nossa recente pesquisa, a pergunta chave buscou as pessoas que mudaram desde a divulgação dos dados sobre religião do Censo religioso 2010, realizado pelo IBGE. Mais informações, solicite no campo de comentários desta postagem ou envie email para obter o relatório completo: jairwpr@gmail.com.

In our recent survey, the key question sought people who have changed since the release of data on religion from the 2010 IBGE Religious Census. For more information, request in the comments field of this post or send email to get the full report: jairwpr@gmail.com.

Desde 2011, o Instituto Paracleto tem acompanhado as mudanças religiosas no Brasil, especialmente no meio evangélico. Em nosso livro Missão da igreja: dimensões e efeitos (2011) propomos uma forma de avaliação da missão integral das igrejas que entendemos ser compostas por atividades essenciais.

Nossa proposta buscou formular um fluxograma exploratório do trânsito religioso ocorrido no Estado do Rio de Janeiro nos últimos anos, isto é, desde a divulgação do Censo Nacional realizado pelo IBGE em 2010. Os resultados podem servir para demógrafos estabelecer previsões sobre indicadores religiosos.

Outros objetivos da pesquisa foram identificar os motivos para saída de uma religião ou local de culto. Os líderes precisam conhecer esses fatores para ajustar seus procedimentos e orientar para atitudes amorosas. Além disso, podemos identificar quais fatores importantes para decisão de escolha da nova religião ou local de culto. Na busca por melhores condições religiosas, culturas diferentes possuem motivações similares.

Os Evangélicos receberam 47,3% dos novos aderentes. Parece que o ritmo de crescimento arrefeceu mas não estancou desde a década de 2000-2010. Dentro desse indicador, cerca de 29,7% se moveram dentro do campo das denominações evangélicas, entre protestantes, pentecostais e neopentecostais.

GRUPO 1 - Entradas evangélicas

Confirmando estimativas dos demógrafos sobre alteração da religião predominante no Brasil, os evangélicos receberam um influxo de 28,5% dos católicos, dentre os novos aderentes. Assim como, as pessoas sem religião (7,5%) retornaram para a religiosidade para o campo evangélico. As demais migrações vieram de religiões espíritas, umbanda e outras seitas evangélicas.

Ronaldo de Almeida e Paula Monteiro, no artigo TRÂNSITO RELIGIOSO NO BRASIL, da CEBRAP, identificaram um fluxograma preferencial entre a mobilidade religiosa. Em números absolutos, os católicos foram os que mais perderam. Em seguida vêm os sem-religião, os protestantes históricos, os pentecostais e pouquíssimos kardecistas e afro-brasileiros. Por outro lado, os segmentos que mais receberam pessoas, em ordem crescente, foram: os pentecostais (quatro vezes mais do que perdeu); sem religião (cerca de metade a mais); protestantes históricos (quase 26,5% que mudaram de religião, quais são as principais conexões entre as alternativas religiosas? Isto é, quem recebeu de quem e quem doou para quem? É como se quiséssemos saber, por exemplo, de onde vieram os fiéis do kardecismo e para onde vão os kardecistas quando mudarem de religião.

A Teoria da Escolha Racional afirma que os bens e serviços religiosos são objetos de escolha dos indivíduos, como seriam outros tipos de bens e serviços não religiosos. No mercado religioso, a liberdade de escolha dos consumidores, no lado da demanda, impõe restrições, no lado da oferta, à forma de atuação e as estratégias das organizações religiosas. É essa liberdade de escolha dos consumidores que, segundo Iannaccone, em última análise, determina a estrutura do mercado religioso, o nível de eficiência da produção religiosa, seu consequente nível de qualidade e de conteúdo dos bens e serviços religiosos produzidos. Onde o nível de regulação governamental no mercado religioso for menor, haverá mais pluralismo religioso, isto é, aumento da competição e do número de organizações religiosas e, consequentemente, aumento do consumo de bens e serviços religiosos, já que a diversidade destes aumenta. E isso, por sua vez, implica aumento da vitalidade religiosa, isto é, da participação dos indivíduos nos serviços religiosos. Assim, a menor regulação governamental no mercado religioso favorece o aumento da religiosidade, e vice-versa. Essa é uma das predições mais importantes da Teoria Econômica da Religião.

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