Salvador, com 62,1 % da população católica, era a capital nordestina com o menor percentual de fiéis no Censo de 2000. No resto da sua região metropolitana, o catolicismo apresentava ainda um percentual mais baixo, de 57,4%. Esta diferença deve-se a um processo de perda da Igreja Católica, de 1991 a 2000, que vem ocorrendo de modo mais acentuado na periferia metropolitana, de -22,8 pontos percentuais, do que no município da capital, de -14,7 pontos. Considerando-se somente a perda de fiéis em Salvador, tem-se uma das maiores reduções de católicos, entre as capitais do país, inferior apenas à de Manaus.

A proporção de evangélicos de missão apresentou maior expansão desse segmento religioso que, de 1991 a 2000, revelou um aumento de +2,6 pontos percentuais, o terceiro crescimento mais significativo, depois de São Luís e de Recife. Em contrapartida, sua presença é mais significativa em alguns bairros do norte de Salvador, onde os evangélicos de missão representam, às vezes, 11% dos habitantes. Já na periferia distante, como Camaçari, seus percentuais são dos mais baixos.

Salvador1Salvador2Convém observar que em 1991, o peso dos pentecostais no município da capital e nos da periferia não era muito diferente, 4,1 % em Salvador e 5,9% restante da região metropolitana. No entanto, ao longo da década de 1990, o crescimento dos pentecostais foi muito mais acentuado na periferia do que na capital o que provocou uma distribuição bastante desigual. Entre os pentecostais, destacam-se a Assembleia de Deus e a Igreja Universal do Reino de Deus, que possuem percentuais semelhantes, 3% e 5% da população, respectivamente. Sua presença é mais acentuada na metade norte de Salvador, tornando-se maior ainda em Lauro de Freitas e em Camaçari, onde chegam a representar até 18% da população.

No Censo de 2010, o número de católicos no estado da Bahia diminuiu de 74% para 65% e o de evangélicos cresceu de 11% para 17%. Os espíritas aumentaram de 0,8% para 1,3% e os sem religião, de 11% para 12%. Na publicação ‘Nova Mapa das Religiões’, elaborado pela Fundação Getúlio Vargas em 2011, a região metropolitana de Salvador figura como a terceira mais densamente povoada por evangélicos, 24,02% dos moradores desta região são membros de alguma Igreja Evangélica.

Prato típico da culinária baiana, associado à cultura africana e ao candomblé por ter se tornado oferenda aos orixás, o acarajé rompe questões religiosas para poder ser saboreado, por exemplo, por evangélicos. Baianas tradicionais reivindicam que o acarajé tem intima relação com os cultos afro-brasileiros enquanto os evangélicos desvinculam o alimento desta religião, tratando-o como um mero alimento. Em novembro de 1998, o prefeito de Salvador Antonio Imbassahy baixou uma portaria na qual determinava a padronização da venda de acarajés no município, o que provocou o protesto dos evangélicos. A alegação era que a lei extrapolava o lugar de culto para o ambiente da alimentação pública.

Em Maceió, os católicos representavam 72,3 % da população total, no Censo de 2000, o que a situava no oitavo lugar entre as capitais brasileiras. Com uma redução de -12,4 pontos percentuais, entre 1991 e 2000, a religião católica sofreu uma perda substancial nesse período, entre as mais acentuadas verificadas nas capitais. Tal fato aproximou Maceió do perfil religioso de Recife e de Salvador distanciando-se das características religiosas de Teresina e de Fortaleza.

Maceió1Maceió2Enquanto em bairros situados numa faixa junto à Orla Oceânica eles se mostravam pouco expressivos, com percentuais que não ultrapassam 2,5% da população, no Centro e em bairros próximos, como Farol, ao norte, e Ponta da Terra, a leste, os evangélicos de missão representam mais de 4% dos habitantes.

Os evangélicos pentecostais apresentaram um enorme crescimento, no período de 1991 a 2000, ao passarem de 4,3 % a 11,5 % da população, o que significou um aumento de +7,2 pontos percentuais. A Assembleia de Deus, com 6,9% dos habitantes, é o grupo pentecostal predominante em Maceió, seguida, de longe, pelo Evangelho Quadrangular e pela Igreja Universal do Reino de Deus.

Dados do Censo 2010, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontaram que a religião que possui mais adeptos no País ainda é o catolicismo derivado da Igreja Católica, mas nos últimos 50 anos (1960-2010), a religião registrou uma queda no número de fiéis de 93,1% do total da população para 64,6%. Em dez anos (2000-2010), o Estado de Alagoas perdeu 500 mil seguidores.

Ao contrário dos católicos, o número de evangélicos dobrou no Estado de Alagoas em dez anos. Em 2000, eles eram 254.601. E em 2010, a população alagoana com religião evangélica subiu para 496.472. Em Maceió, a população católica apostólica romana era de 578.490 pessoas em 2010, passando de 78% para 83% da população.. Na religião evangélica, eram 220.809 pessoas; na religião espírita, 12.652 pessoas; na umbanda e candomblé, 1.292 pessoas, e os sem religião eram 98.111 pessoas.

Um levantamento feito com base no Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) descobriu que a quantidade de motos no município de Arapiraca surpreende. São 129 veículos do tipo para cada mil habitantes. Um total de 29.273 motocicletas. Em Maceió, existem 161.275 carros, o que representa um total de 162 automóveis por mil habitantes. Arapiraca possui, proporcionalmente, um número maior de motos em relação a grandes cidades do País, como São Paulo, Rio de Janeiro e Recife. Para se ter uma ideia, na capital paulista, foi contabilizado um total de 68 motos por mil habitantes. No Rio de Janeiro, esse número é de 37 por mil habitantes. Já em Recife, esse quantitativo é de 75 por mil habitantes – bem abaixo dos 129 por mil existentes na cidade do Agreste alagoano.

 Segundo o Mapa da Violência 2013: Homicídios e Juventude no Brasil, divulgado pela CEBELA, revelou que Maceió é a capital mais violenta do país, seguida por João Pessoa e Salvador.

Alagoas registrou um crescimento de 171,1% no número total de assassinatos entre os anos de 2001 e 2011, bem acima da média anual, que foi de 146% no mesmo período. Esses números fizeram o Estado saltar da 12ª para a 1ª colocação no ranking de estados mais violentos do Brasil, com 72,2 homicídios por 100 mil habitantes. Em relação ao número de homicídios envolvendo jovens, Alagoas registrou um aumento de 182,7 entre 2001 e 2011. Foram contabilizados 336 assassinatos em 2001, contra 950 em 2011. A média anual, por grupo de 100 mil habitantes, aumentou 185,6%, saindo de 54,8%, em 2001, para 156,4% em 2011. Com esse resultado, o Estado também saltou da 8ª para 1ª colocação com o maior risco de mortes para jovens.

Após pressão de líderes evangélicos, o Governo Federal passou a combater e divulgar campanha contra a exploração do turismo sexual, especialmente em cidades do Nordeste. É fato conhecido, a busca de turistas estrangeiros pelas praias tropicais e suas belezas a partir da promoção que as Agências de turismo fazem da mulher brasileira como artigo de consumo. Cresce o número de sociólogos e intelectuais que criticam esse modelo de divulgação, que não contribui para o aumento da participação da mulher no mercado de trabalho e, em especial, em posições de liderança nas Instituições brasileiras.