Diversas cidades de todo o Brasil decidiram cancelar os desfiles de escolas de samba no carnaval. Cada município justificou de maneira diferente a suspensão dos eventos, mas as razões mais citadas foram a falta de verbas ou o direcionamento dos recursos para outras áreas. No Rio de Janeiro, a prefeitura de Petrópolis cancelou o carnaval. Surpreende é Nova Friburgo manter a festa, enfrentando tantos problemas sociais.
Há 26 dias para a comemoração das maiores festas populares do País, o Carnaval, a Prefeitura de Boa Vista (RR) anunciou em nota enviada à imprensa que este ano não realizará a festa na cidade. Segundo o município, a decisão foi tomada em razão da “gravíssima situação financeira” que o Executivo se encontra. Conforme o anúncio, as dívidas da Prefeitura chegam a R$ 150 milhões. O Governo do Estado ainda não se pronunciou se este ano vai ou não ajudar financeiramente as agremiações.Em 2012, a Prefeitura não realizou o evento e o Governo do Estado de Roraima liberou um montante de R$ 654.300 para as seis escolas de samba da Liga Roraimense promoverem o evento.
A Prefeitura de Patos (PB) resolveu cancelar os tradicionais festejos de Carnaval na cidade este ano. Fiz questão de procurar de maneira antecipada a Liga dos Blocos, mostrando as nossas dificuldades, como a seca que temos atravessado e a ausência de cobertura legal por parte do Tribunal de Contas do Estado (TCE), uma vez que o município estando em estado de emergência, não há como destinar investimentos municipais em eventos, por mais simples que sejam realizados. Tenho certeza que a sociedade patoense irá compreender, da mesma maneira que obtivemos a compreensão por parte da Liga”, afirmou a prefeita.
Os prefeitos de Almino Afonso, Felipe Guerra, Guamaré, Lages e Santana do Matos cancelaram o Carnaval devido à seca no RN. Apesar de receber um grande volume de recursos dos royalties, o prefeito de Guamaré disse que está levando em consideração vários fatores, a deficiência do abastecimento de água na cidade e as recomendações feitas pelo Ministério Publico Estadual (MPE), e Tribunal de Contas do Estado (TCE).
O desfile das escolas de samba e blocos carnavalescos de São José dos Campos também não vai ocorrer. A prefeitura decidiu cancelar o desfile, porque não pode repassar a verba para a liga das escolas de samba, já que a prestação de contas do carnaval do ano passado não foi aprovada.
O desfile das escolas de samba e blocos carnavalescos de Lorena não vai ocorrer em 2013 devido aos problemas financeiros que a administração municipal enfrenta. A prefeitura decidiu cancelar a folia na cidade em consenso com as escolas de samba durante uma reunião no início desta semana. A Prefeitura de Itapetininga informou que não realizará o carnaval de rua em 2013. De acordo com o prefeito, Luis Di Fiori, o motivo é a contenção de gastos para aplicação de dinheiro na Saúde.
Os presidentes das escolas de samba de Porto Feliz (SP) foram comunicados que não haverá verba para a realização do carnaval. De acordo com a prefeitura, os representantes das escolas compreenderam os motivos apresentados e apoiaram a iniciativa.
Representantes das três escolas de samba e da prefeitura de Assis decidiram cancelar o carnaval durante uma reunião nesta quarta-feira. O motivo seria a falta de dinheiro da prefeitura e de tempo para organizar os desfiles. As festas serão mais curtas em Araraquara e Taubaté. Em Campinas, vai durar só dois dias e não terá trios elétricos.
Em Minas Gerais, o carnaval de rua de Santa Rita do Sapucaí foi cancelado por uma dívida da prefeitura. Segundo o prefeito, Jéferson Gonçalves Mendes, o custo do evento seria de R$ 600 mil, mas ele teria herdado uma dívida de R$ 3 milhões da administração anterior.
Segundo nota assinada pela Prefeitura de Santana do Livramento (RS) e pelas 10 escolas do município, a Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) orçou o valor do carnaval em R$ 160 mil a serem repassados às escolas e R$ 70 mil para estrutura, mas a administração municipal determinou que R$ 40 mil seriam repassados às escolas. Sem tempo hábil para a captação de novos patrocínios, as entidades decidiram cancelar o evento neste ano. Uma situação parecida ocorreu em Alegrete. A prefeitura e a Associação Cultural, Recreativa e Carnavalesca de Alegrete (Assercal), que representa as escolas, optaram por cancelar a festa para ter uma estrutura melhor em 2014.