Considerando as RMs (Regiões metropolitanas) brasileiras, verifica-se, na Tabela 6 do PNAD 2009, que Porto Alegre possui o maior percentual de trabalhadores que se deslocam diretamente para o trabalho gastando um tempo inferior a 30 minutos. Pode-se considerar como hipóteses explicativas desse desempenho a configuração da metrópole, que apresenta melhor distribuição das atividades econômicas e, conseqüentemente, dos empregos, além dos atributos positivos do sistema de trânsito e transporte da RM. Como era de se esperar, Rio de Janeiro e São Paulo apresentam os menores percentuais de trabalhadores que realizam viagens casa-trabalho com tempo de deslocamentos curtos em função do tamanho dessas metrópoles e maior complexidade dos seus sistemas de mobilidade urbana.



Observe no gráfico do PNAD 1988, como a falta de investimento em transportes de massa nas grandes metrópoles piorou a qualidade de vida dos brasileiros. O percentual que gasta mais de uma hora no percurso casa-trabalho aumentou consideravelmente.

Cerca de metade dos domicílios brasileiros já dispõe de pelo menos um veículo privado para o deslocamento dos seus moradores. Isso indica uma alta taxa de posse de veículos da população comparada à de outros países pobres, com reflexos diretos sobre as condições de mobilidade de todos.