O primeiro fóssil de uma cobra com patas foi encontrado por volta de 1960 em Israel, e estudada pelo paleontólogo George Haas, que em 1970 veio a descobrir um segundo fóssil. Segundo alguns evolucionistas, essa descoberta se tratava de uma prova de que tal fóssil set ratava de um Elo de Transição entre um ser marinho (lagartos dos mares – mosassauros) e outro terrestre (serpente terrestre), todavia, um conceituado estudioso chamado Zaher, afirma:”Essa espécie não é um intermediário e não veio de um ancestral marinho… Ela é mais evoluída do que pensávamos, proximamente relacionada a um grupo de cobras atuais, asm acrostomatas, e tem patas desenvolvidas. “Essa conclusão pode ser comprovada com a descoberta e estudo de um terceiro fóssil de serpente com patas, encontrado junto com a que foi citada anteriormente.

No ano de 1999, a Universidade Hebraica de Jerusalém autorizou Zaher e Olivier Rieppe l(curador de fósseis do Museu Field de História Natural, de Chicago – EUA) a analisar as serpentes e publicar os resultados da pesquisa no ano de 2000 na revista Science. 

O GLOBO – Uma nova tecnologia de imagem de raios-X está ajudando os cientistas a entenderem melhor como, no curso da evolução, as cobras perderam suas pernas. Os pesquisadores esperam que os novos dados ajudem a resolver um debate acalorado sobre a origem das serpentes: se elas evoluíram a partir de um lagarto terrestre ou aquático.

Imagens novas e detalhadas em 3D revelam que a arquitetura interna dos ossos da perna de uma cobra antiga se assemelha às pernas de um lagarto. Os resultados foram publicados nesta terça-feira no Journal of Vertebrate Paleontology.

A equipe de investigadores foi liderada por Alexandra Houssaye, do Museu Nacional d’Histoire Naturelle em Paris, França, e incluiu cientistas do o Laboratório Europeu de Radiação Síncrotron (ESRF) em Grenoble, França, onde a imagem de raios-X foi feita, além do Instituto de Tecnologia de Karlsruhe (KIT), na Alemanha.

Imagem do fóssil da Eupodophis descouensi, espécie descoberta há 10 anos em rochas de 95 milhões de anos, no Líbano. Foto: Divulgação/ A. Houssaye

Só existem três exemplares fossilizados de serpentes com os ossos da perna preservados. Eupodophis descouensi, a antiga serpente estudada neste experimento, foi descoberta há dez anos em rochas de 95 milhões de anos no Líbano. Com cerca de 50 cm de comprimento total, ela apresenta uma pequena perna, de cerca de 2 cm de comprimento, ligada à pelve. O fóssil é chave para a compreensão da evolução da serpentes, pois representa um estágio evolutivo intermediário, de quando as cobras ainda não tinham perdido completamente as pernas que herdaram dos lagartos. Embora o fóssil exiba apenas uma perna em sua superfície, pensava-se que uma segunda perna poderia estar escondida na pedra, o que, de fato, foi revelado em detalhes, graças à luz síncrotron dos raios-X.

As imagens de alta resolução em 3-D , sugerem que esta espécie perdeu as pernas porque cresceu mais lentamente. Os dados também revelam que a perna oculta é flexionada no joelho e tem quatro ossos do tornozelo mas não ossos do pé ou dedo do pé.

– A revelação da estrutura interna dos membros posteriores da Eupodophis nos permite investigar o processo de regressão dos membros na evolução das serpentes – diz Alexandra Houssaye.

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