O grande economista inglês, John Maynard Keynes, concordou: “Quando o desenvolvimento do capital de um país se torna subproduto das atividades de um cassino, o serviço provavelmente será malfeito.” Os jogos de azar têm fascinado os seres humanos durante milênios. Os jogadores estão em toda parte, da escória da sociedade aos mais respeitáveis círculos.
Quando os gregos desejavam uma previsão do que o amanhã poderia reservar, recorriam aos oráculos, em vez de consultar os filósofos mais sábios. A genuflexão diante dos ventos foi a única forma de gestão do risco que atraiu sua atenção: seus poetas e dramaturgos cantam repetidamente a dependência em relação aos ventos e filhos amados eram sacrificados para apaziguar os ventos. Os gregos acreditavam que a ordem só se encontra nos céus, onde os planetas e as estrelas surgem em seus lugares certos com uma regularidade insuperável. Mas a perfeição dos céus servia apenas para realçar a confusão da vida na Terra.
Os soldados de Pôncio Pilatos sortearam o manto de Cristo enquanto Ele padecia na cruz. O imperador romano Marco Aurélio estava sempre acompanhado de seu crupiê pessoal. O conde de Sandwich inventou a refeição que tem o seu nome (sanduíche) para não precisar se afastar da mesa de jogo para comer.
O jogo de azar mais antigo que se conhece foi uma espécie de jogo de dados com o chamado astrágalo ou osso metatársico. O jogo de dados de diferentes jogos de dados trazidos à Europa pelos cruzados. Esses jogos costumavam ser chamados de jogos de “azar”, um invento norte-americano, deriva de al zahr, a palavra árabe para dados.
De acordo com David Hayano, cerca de 40 milhões de norte-americanos jogam regularmente pôquer, todos confiantes na habilidade de passar a perna nos adversários.
O estado de Iowa, por exemplo, que sequer possuía uma loteria até 1985, abrigava dez grandes cassinos em 1995, além de um jóquei clube e de um clube de corridas de cães, com máquinas caça-níqueis funcionando 24 horas. Segundo o artigo, “quase nove entre dez habitantes de Iowa se entregam ao jogo”.
Em um ensaio sobre o risco, o ganhador do prêmio Nobel Kenneth Arrow pergunta por que a maioria das pessoas aposta uma vez ou outra em jogos de azar, e por que pagamos regularmente prêmios a uma empresa seguradora. As probabilidades matemáticas indicam que perderemos dinheiro em ambos os casos. No caso do jogo, é impossível esperar – embora seja possível alcançar – mais do que um equilíbrio, pois a margem do cassino inclina as vantagens contra nós. No caso do seguro, os prêmios que pagamos excedem as chances estatísticas de nossa casa pegar fogo ou de nossas jóias serem roubadas. Desde cedo, Arrow convenceu-se de que a maioria das pessoas superestima a quantidade de informação disponível para elas.
- A informação de que você dispõe não é a informação que você deseja.
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G/P
Jair