O Conselho estadual de Defesa da Criança e do Adolescente (CEDCA) vai enviar uma representação ao Conselho Tutelar de Niterói e à 1ª Vara da Infância e Adolescência do Rio recomendando a proibição de que Júlia Lira, de apenas 7 anos, desfile como rainha de bateria da Unidos do Viradouro. De acordo com o presidente da entidade, o advogado Carlos Nicodemos, a medida será tomada depois de a escola não ter se manifestado sobre um ofício pedindo esclarecimentos quanto à presença da menina no desfile.
Apesar de Júlia Lira ser filha do presidente da escola de samba Viradouro, gerou-se muita polêmica por causa desta decisão, e a escola de samba carioca está recebendo várias críticas entre os especialistas.
O pediatra Lauro Monteiro protesta: “Carnaval é uma festa de exaltação à sexualidade. Participar de um evento de forte conotação sexual é um estímulo à erotização precoce.” Outros discordam, como é o caso do desembargador Guaraci Vianna: “Se tiver autorização judicial e dos pais, não tem problema algum.”
Já no Conselho Tutelar de Niterói, as medidas em relação à rainha-mirim devem ser discutidas na próxima sexta-feira. Enquanto na Vara da Infância e da Adolescência, a polêmica já é analisada desde a semana passada.
Raíssa Oliveira, rainha da Beija-Flor desde os 12 anos, é uma das que torce pela permanência da colega da vermelha-e-branca. Ela lembra com humor sua estreia tumultuada na Marquês de Sapucaí.
“- Gerei o mesmo rebuliço na época e continuo no posto há sete anos. Lembro que minha mãe tinha que pedir autorização para tudo, um exagero.”
A Viradouro provocou polêmica ano passado, ao escolher Juliane Almeida ex-membro da Igreja Batista de Porto Novo, em São Gonçalo.

Seria legal contar também a historia desta outra, da Igreja Batista de Porto Novo.
Boa sugestão, Daltro.
Esta semana, falarei um pouco mais sobre carnaval, suor e lágrimas.
G/P
Jair
Como foi a história desta menina da I batista de Porto Novo?
Mirian.
Em 2008, Juliane Almeida, 24 anos, foi escolhida como nova rainha de bateria da Viradouro.
Aos 16 anos, ela foi expulsa da Igreja Batista de Porto Novo, em São Gonçalo, onde mora. O figurino sensual influenciou os membros da igreja a tomarem a decisão de expulsá-la. “Fiquei triste, mas fiz minha escolha.”
O dono do coração da beldade se chama Marcelo Croner, tem 29 anos, é advogado e evangélico. Juntos há um ano e oito meses, ele diz que apóia a decisão de Juliane de ser Rainha de Bateria, mas não vai estar a seu lado nos ensaios. No desfile, muito menos. “Não interfiro nas decisões dela, mas somos evangélicos e, quando se assume compromisso com Deus, não se foge. É questão de postura. Decidi não participar de nada relacionado ao Carnaval”.