Quase 10 anos após ter conquistado um Oscar pelo filme Coração Valente (1995), Mel Gibson resolveu voltar para trás das câmeras e dirigir novamente um projeto.  A história das últimas doze horas da vida de Jesus Cristo acabou sendo recebida com controvérsias pelo público e pela crítica, chegando a ser apontado como uma obra antissemita. Apesar disso, o filme atingiu nos nervos uma parcela inexplorada de cinéfilos cristãos, ganhando cerca de US$ 612 milhões em ingressos. A Paixão de Cristo é a maior bilheteria da história do cinema para um filme em que não se fala a língua inglesa. O faturamento do drama ultrapassou 17 vezes seu custo de produção.

Retorno sobre o investimento: 1.749%
Orçamento: US$ 35 milhões
Receita bruta: US$ 612 milhões

No Brasil, por exemplo, foi um dos filmes mais vistos nos cinemas em 2004, com impressionantes 6,9 milhões de espectadores.  Para começar, falemos da ousada idéia de Mel Gibson de colocar seus personagens falando línguas extintas como o aramaico e o latim. Sabe-se o quanto o público norte-americano rejeita a leitura de legendas!

No Brasil, por exemplo, a distribuidora Fox Film usou e abusou da polêmica. Vendo o sucesso do filme no exterior, ela adiantou em uma semana sua estréia por aqui e ainda chamou líderes das comunidades judaica e cristã para ver o filme e, claro, repercutir sobre o assunto. Isso vem rendendo a melhor propaganda que um produto pode ter: o boca-a-boca, que é muito mais efetiva e – melhor – gratuita.

Apesar de não ter sido escolhido pelo Ministério da Cultura para concorrer a uma das cinco vagas que disputarão o Oscar de melhor estrangeiro em 2011, Nosso Lar, dirigido e roteirizado por Wagner de Assis, vem arrecadando cada vez mais público durante as cinco semanas em que está em cartaz e ultrapassou Chico Xavier, de Daniel Filho (que ficou 19 semanas) em número de público e de arrecadação.

De acordo com a Folha, o longa de Wagner levou 3,415 milhões de pessoas ao cinema, diferente do filme de Daniel Filho, que atraiu 3,414 milhões de expectadores.

Em arrecadação, Nosso Lar obteve R$ 31,370 milhões, superando os 30,3 milhões de Chico Xavier.

Na história, baseado em livro homônimo de Chico Xavier, ao abrir os olhos, André Luiz sabe que não está mais vivo. Ao seu redor, uma planície escura, tenebrosa, marcada por gritos e seres que vivem à sombra. As dúvidas e as dores intensificam-se. Novas lições e conhecimentos, marcados ainda por momentos de dor e sofrimento, estão no caminho deste homem, que enquanto aprende como é a vida em outra dimensão, também anseia voltar à Terra e rever a família.