Goffrey Blainey, autor de Uma Breve Historia do Mundo, lembra que a taxa de alfabetização das mulheres começou a crescer com firmeza. A Prússia, uma base luterana, tornou a educação compulsória para os meninos e meninas em 1717. Na cidade holandesa de Amsterdã, em 1780, um extraordinário número de 64% das noivas assinaram a certidão quando se casaram, enquanto as outras desajeitada-mente marcavam com uma cruz o lugar onde sua assinatura de assentimento era exigida. Na Inglaterra, cerca de 1% das mulheres sabia ler no ano 1500, mas esse número havia aumentado para 40% em 1750. Tardiamente, os países católicos acabaram seguindo essa tendência revolucionária.
Entre 1750 e 1850, porém, surgiram sinais de uma mudança drástica. A Inglaterra, em especial, mostrou sinais de um salto para a frente. Em 1800, a China e a Índia detinham 2/3 da prosperidade do comércio mundial.
Muito tempo depois de as nações protestantes terem conseguido domínio como comerciantes e governadores na Índia e na maior parte da costa da Ásia, continuavam sendo lentas em fomentar o trabalho de missionários. Só depois de 1704, mais de um século e meio depois da morte de Francisco Xavier, é que o rei protestante, Frederico IV, da Dinamarca, fundou uma base missionária na Índia.
Embora, em 1775, as nações de navegadores da Europa Ocidental tivessem reivindicado as Américas, desde a gelada tundra do norte até a extremidade rochosa da América do Sul, todas elas praticamente se retiraram nos cinqüenta anos seguinte
Em 1821, o atual mapa da América Central e do Sul havia praticamente tomado forma, com um México livre, um novo conjunto de repúblicas centro-americanas, um Peru livre, um Chile livre, um Paraguai livre, junto com uma República do Rio da Prata, que, mais tarde, foi dividida em Argentina e Uruguai. Um ano depois, o Brasil rompeu totalmente com Portugal e se tornou uma monarquia. Três anos depois, a Bolívia se formou, tomando seu nome de Simão Bolívar, seu libertador. Os espanhóis se retiraram também da América do Norte, cedendo a Flórida para os Estados Unidos.
Em sua teologia, o Protestantismo iniciou com pouca ênfase em missões. Lutero defendia que a tarefa de pregar o evangelho ao mundo deveria ser aplicada apenas aos apóstolos originais. Alguns ultra-calvinistas entendiam missões como uma atividade questionável como sendo uma interferência na predestinação das almas.
Apóstolo para a Índia (1792-1910): William Carey
Apóstolo para a China (1865-1980): Hudson Taylor
Ralph Winter destaca que “… O ano 1800 marca o despertar dos protestantes após dois séculos e meio de inatividade, devido à um sono teológico, para promoção missionária ao redor do mundo.”
Robert Bucholz em A History of the Modern Western World, relata que no séc. 16, missionários portugueses e espanhóis pregaram o catolicismo romano aos indígenas da América do Sul e Central; No séc. 17, franceses fizeram o mesmo no Canadá; No séc. 18, missionários protestantes da Inglaterra, Holanda e Alemanha partiram para a África; No séc. 19, católicos franceses e belgas rumaram para a África central e ocidental; Todas estas missões construíram igrejas , hospitais e escolas.
Para alguns historiadores, as missões ainda eram arrogantes diante da cultura local. O séc. 19 testemunhou o mito da superioridade européia a partir da difusão da teoria da seleção natural e sobrevivência dos mais fortes. Esta doutrina foi usada pelos darwinistas sociais para defender a exploração da África, Ásia e outros pela Europa.
Com os ventos de secularização do séc. 19: A igreja Anglicana permaneceu diante do crescente ceticismo; Na França, a igreja recuperou seu prestígio antes da revolução francesa; Bismarck lançou a “guerra cultural” contra a igreja católica;
A igreja católica estabeleceu resistência ao modernismo: Em 1870 aprovou o dogma da infalibilidade do Papa; Monarquias antigas como Grã-Bretanha e Rússia tinham religiões estabelecidas. As Repúblicas européias encontraram uma igreja desestabilizada.
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G/P
Jair

